​Mosteiro de Carmelitas Descalças homenageia Nossa Senhora do Carmo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de julho de 2020 às 15:50
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:59
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Obras de arte em azulejos são peças raras e preservadas pelas Carmelitas no mosteiro, na estrada de Restinga

Centenas de fiéis realizam visitas ao mosteiro das Carmelitas Descalças, em Franca, no mês de julho, especialmente no dia 16, data consagrada à Nossa Senhora do Carmo. O local preserva artes que relembram a santa.

As obras de arte em azulejos são peças raras e preservadas pelas Carmelitas, cujo convento está localizado na Rodovia Nestor Ferreira, Km 4, estrada entre Franca e  Restinga (SP). 

No Mosteiro as monjas convivem em fraterna comunhão, silêncio e solidão… “Sós com o Só”. Todas com o mesmo ideal de oração e união com Cristo em seu sacrifício pelo bem da Igreja e da humanidade.

O dia da santa foi celebrado e pela primeira vez o acesso foi acompanhado apenas pelas redes sociais, por causa da pandemia do coronavirus.

Nossa Senhora do Carmo tem origem no século XII, quando um grupo de eremitas começou a se formar no monte Carmelo, na Palestina, terra Santa, iniciando um estilo de vida simples e pobre, ao lado da fonte de Elias, que se estendeu ao mundo todo.

A palavra Carmo, corresponde ao monte do Carmo ou monte Carmelo, em Israel, onde o profeta Elias se refugiou. A palavra carmo ou carmelo significa jardim.

A ordem dos carmelitas venera com carinho o profeta Elias, que é seu patriarca, e a Virgem Maria, venerada com o título de Bem Aventurada Virgem do Carmo. 

Devido ao lugar, esse grupo foi chamado de carmelitas. Lá, esse grupo de eremitas construiu uma pequena capela dedicada à Senhora do Carmo, ou Nossa Senhora do Carmelo.

Posteriormente, os carmelitas foram obrigados a ir para a Europa, fugindo da perseguição dos muçulmanos. Aí se espalhou ainda mais a Ordem do Carmelo.

Com a expulsão dos carmelitas de Israel, a devoção a Nossa Senhora do Carmo começou a se espalhar por toda a Europa. 

Também foi levada para a América Latina, logo no começo de sua colonização, passando a ser conhecida em todos os lugares. E não somente no Carmelo. Foram construídas várias igrejas, capelas e até catedrais dedicadas à Senhora do Carmo.

Aparição 

São Simão era um dos mais piedosos carmelitas que vivia na Inglaterra. Vendo a Ordem dos Carmelitas ser perseguida até estar prestes a ser eliminada da face da terra, ele sofria muito e pedia socorro à Nossa Senhora do Carmo.

Sua oração, que os carmelitas usam até hoje, foi a seguinte: Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar.

Então, Maria Santíssima, rodeada de anjos, apareceu para São Simão, entregou-lhe o Escapulário e lhe disse:

“Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não se perderá. Eis aqui um sinal  da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno”. 

A partir desse milagre, o escapulário passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.

A partir da aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão, a Ordem do Carmelo começou a florescer na Europa e em vários lugares do mundo, permanecendo firme até os dias de hoje.

A palavra escapulário vem do latim escápula, que significa armadura, proteção. O escapulário é uma forma de devoção a Maria Santíssima. 

O uso do escapulário é um sinal de confiança em Nossa Senhora do Carmo. A pessoa que o usa é coberta com a proteção e as graças da Virgem do Carmo.

O escapulário, segundo o Concilio do Vaticano II é um Sacramental, um sinal sagrado, obtendo efeitos de proteção da Igreja Católica. 

É uma realidade visível que nos conduz a Deus. Santa Tereza dizia que: portar o escapulário era estar vestida com o hábito de Nossa Senhora.

(Fotos: Reginaldo Emídio)


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