​Morre o jornalista Luis Carlos Facury, ícone da comunicação francana

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 26 de novembro de 2019 às 10:07
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:04
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Gerente da Rádio Difusora e fundador do jornal Diário da Franca, Facury enfrentava problemas de saúde

Um dos mais conceituados jornalistas da história francana e professor de economia, Luis Carlos Facury faleceu na manhã de hoje (26) no hospital São Joaquim.

Ele foi fundador do jornal Diário da Franca ao lado de José Martiniano de Oliveira e José Edson Marques (Essinho). Facury deixa a esposa Neusa e os filhos Marcial e os gêmeos Fernando e Luciana.

Dono de uma simpatia imensa, Facury foi repórter responsável pela área de esportes no Diário da Tarde, ainda na década de 50.

Em 1955 assumiu a chefia de redação do jornal Comércio da Franca, quando a sede ainda era na Rua do Comércio. Ali trabalhou ao lado de Alfredo Henrique Costa, outro ícone da comunicação francana.

Facury fez a primeira grande mudança no Comércio da Franca, transformando o jornal em diário e modernizando a feitura gráfica, num tempo ainda de linotipos e chumbo.

Quando a Rádio Difusora foi instalada em Franca, em 1962, Facury foi escolhido para ser o seu gerente. Levou para a emissora suas ideias modernas e seu espírito renovador.

Se nada mais tivesse feito, Luis Carlos Facury já teria colocado seu nome na história francana por ter revelado grandes nomes do rádio da cidade, como Valdes Rodrigues, Paulo Roberto Verzola, Wilson Abrão, José Rasteiro Filho, Amaury Destro, Alves de Oliveira e Sidnei Rocha.

Depois chegou a auxiliar na instalação da rádio União da Franca (hoje a 98,3 FM).

Quando, em 1972, Alfredo Costa vendeu o Comércio da Franca para José Correa Neves, Facury se juntou a José Edson Paula Marques (Essinho) e José Martiniano de Oliveira para fundar o jornal Diário da Franca.

O jornal circulou pela primeira vez em 31 de março de 1973. E mais uma vez mostrava o espírito modernizador de Facury: o jornal foi pioneiro no sistema off-set e o primeiro jornal colorido da história francana.

Na redação, nomes da expressão de Magno Dadonas (que tinha sido repórter da primeira equipe da revista Veja), Paulo Rocha e Renato Falleiros. 

Paulo Rocha foi correspondente internacional e chefe de redação da Folha de São Paulo, além de secretário de Comunicação de Mário Covas e Geraldo Alckmin.

Renato Falleiros saiu de Franca para trabalhar na Folha de São Paulo, Gazeta Mercantil, Rede Cultura de Televisão e Rede Globo de Televisão.

Seu destemor e seu espírito humano fizeram com que ele fosse “fiador” do trabalho de Magno Dadonas, que tinha sido preso pela ditadura militar quando ainda trabalhava em São Paulo.

Sua trajetória foi importante no setor da comunicação francana, propiciando muitas coberturas e apoio ao setor calçadista e ao esporte francano, principalmente ao Franca Basquete, sua grande paixão.

Um intelectual nato, profundo conhecedor de literatura e política, Luis Carlos Facury conviveu com nomes como Paulo Duarte, José Mindlin, Carlos Brickmann e muitos outros expoentes das artes plásticas e literatura.

Facury foi professor de economia do Centro Universitário UNI-Facef onde teve a participação na formação de excelentes profissionais da área.

Além do setor da comunicação, Luís Carlos Facury auxiliava sua esposa Neusa e o cunhado José Roberto em uma fábrica de calçados, que chegou a ter mais de 300 funcionários no Distrito Industrial.

Mas, segundo os familiares, recentemente passou a ter problemas de saúde, sendo diagnosticado com câncer no fígado.

Inclusive chegou a ser internado no hospital Unimed. E, após passar mal no final de semana, foi socorrido ao hospital e, nesta manhã veio a falecer por insuficiência cardíaca.

Seu sepultamento está marcado para as 16 horas no cemitério da Saudade. O velório acontece na sala 6 do São Vicente de Paula.