Ministro: coronavírus vive nova etapa e avanço ao interior será inevitável

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de maio de 2020 às 17:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:45
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“Rezamos para que o impacto seja menor, mas virá um grau de impacto, ou poderá vir”, disse o ministro

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira (21) que a pasta tem verificado uma redução de casos em algumas capitais do Norte e Nordeste e que o avanço da epidemia ao interior “é inevitável”.

“Nosso país que é continental está impactado de forma diferente de Norte a Sul. Temos uma linha imaginária passando pelo Mato Grosso até a Bahia, onde o impacto maior está na região Norte e Nordeste, já impactados, já preparados, e cada um com a curva no seu nível”, disse.

Segundo Pazuello, a pasta já verifica uma “redução significativa” de casos e da necessidade de leitos em algumas capitais dessas regiões.

Ele não citou quais seriam essas cidades. Em Manaus, cidade que vive colapso na saúde, especialistas dizem que ainda é cedo para uma análise e apontam risco de novo avanço caso sejam afrouxadas medidas de isolamento.

“Uma terceira etapa é uma progressão para o interior desses estados. É inevitável”, disse Pazuello.

“Essa progressão vai acontecer, e temos que estar preparados, aumentando ainda a capacidade [de atendimento] das capitais e cidades maiores, porque também serão o destino dessas pessoas que vão buscar o tratamento”, afirmou.

Ele defendeu investimentos em capacidade de transporte para envio de pacientes a cidades maiores e aumento de leitos em hospitais do interior, sem, contudo, citar medidas específicas.

Para Pazuello, a regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste ainda devem ter maior aumento de casos do novo coronavírus.

“Ao Sudeste, Sul, Centro-oeste, é a hora de se preparar. É hora de acumular meios, estruturar UTI, habilitar leitos, adquirir insumos e equipamentos e se preparar para o combate, com a vantagem de estarmos observando o que está acontecendo e como foi o impacto no Norte e Nordeste”, afirmou. 

“Rezamos para que o impacto seja menor, mas virá um grau de impacto, ou poderá vir.”


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