Ministério Público notifica Câmara sobre investigação contra prefeito e vereador

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de novembro de 2017 às 16:36
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:26
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Suposta ligação entre Gilson e Pacaembu tem investigação nas frentes política, criminal e cível

​O Ministério Público notificou oficialmente a Câmara dos Vereadores, na última sexta-feira, sobre a abertura de inquérito civil para investigar supostas irregularidades na administração pública de Franca. 

O procedimento foi aberto na última segunda-feira pelo promotor de Justiça, Paulo César Corrêa Borges. 

A ação do MP ocorreu em decorrência da oitiva da engenheira Aline Salomão da Silva na Câmara Municipal, na semana anterior, para os membros da Comissão Processante, onde apontou para irregularidades na aprovação de um projeto da Construtora Pacaembu.

A engenheira relatou detalhadamente como teria ocorrido a pressão sobre ela e os outros engenheiros da Prefeitura liberassem rapidamente o alvará do Jardim Nossa Senhora das Graças e evidenciou favorecimento da Construtora Pacaembu.

Assim, na primeira frente de apuração, serão investigados, por suspeita de improbidade administrativa, o prefeito e a construtora Pacaembu.

Na segunda frente será investigado o líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Ilton Ferreira, que teve o nome citado por Aline. 

Se outros forem mencionados, também serão investigados.

O nome de Ilton surgiu quando Aline disse que o procurador municipal, Eduardo Campanaro, em conversa gravada, afirmou que determinado projeto pró Pacaembu seria aprovado pela Câmara, pois Ilton teria dito que vereadores teriam “lotes lá”. 

É justamente para aprofundar isso que haverá uma vertente investigatória.

O vereador, em entrevista ao Portal G1, confirmou a conversa com Campanaro mas procurou se isentar, afirmando que relatou situações ao procurador para que ele checasse, mas que não falou nomes de pessoas ou empresas.

Até agora, a ligação entre Gilson e Pacaembu já rendeu procedimentos no nível político, com a instalação da comissão processante, que pode resultar na cassação de seu mandato; no criminal, com o Gaeco, que aguarda manifestação da Procuradoria Geral do Estado, e agora no Cível, com trabalhos do promotor Paulo Borges.

Como ainda não houve citações diretas ou denúncias nominais a vereadores, o Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores não deverá, em um primeiro momento, abrir procedimentos.


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