Micropigmentação em estrias – o que é preciso saber antes de fazer

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de julho de 2018 às 01:16
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:53
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procedimento pode ser uma opção para disfarçar as incômodas cicatrizes, mas é preciso muito cuidado

Desde que a micropigmentação em
sobrancelhas e estrias ganhou espaço no mundo estático, várias pessoas começaram
a apostar tudo no procedimento para se livrar de manchas e cicatrizes em outras
partes do corpo.

A maquiagem
definitiva para estrias
apelido que costuma ser dado para este tipo de micropigmentação – é uma técnica
que está ganhando espaço entre quem deseja se livrar das marquinhas.

Feita com pigmentos de tom parecido com a pele, ela melhora em
até 80% a aparência da cicatriz, mas os prós e contras ainda são controversos,
segundo os especialistas – e você precisa conhecê-los antes de se submeter ao
procedimento.

O que é o procedimento

Causadas pela destruição das fibras
da pele – que geralmente está ligada a situações em que houve esticamento, como
ganho de peso ou gravidez – as estrias são cicatrizes muito difíceis de
remover, principalmente quando já estão brancas e, portanto, mais permanentes.

A micropigmentação não elimina a
marca, ela age aplicando uma espécie de tintura com o objetivo de cobri-la,
como se fosse uma tatuagem temporária.

Como é feita

O procedimento é
feito com um dermógrafo, que é uma caneta com agulha em uma extremidade.
Elétrico, ele permite controlar a intensidade e velocidade das perfurações.

Além dele, é usado o pigmento da cor da pele do paciente, que é
obtido por meio de vários testes e misturas de cores. Essa tinta tem aspecto
opaco, diferente da tatuagem, o que deixa a aparência da estria pintada ainda
mais natural.

Duração e número de sessões

A duração de cada sessão
varia de acordo com o tamanho da área, podendo ser de até duas horas. Segundo
Elisandra Martins, especialista que realiza esse tipo de procedimento, são
necessárias no máximo dois encontros, sendo que o segundo é dedicado a
retoques. O intervalo entre as aplicações é de cerca de um mês, que é o tempo
necessário para que a pele se regenere.

Dor

Por utilizar
agulhas, o procedimento pode causar incômodos. Para evitá-los, é aplicada uma
pomada anestésica aproximadamente 40 minutos antes do início de cada sessão.
Geralmente, o produto é indicado pela própria especialista.

Depois da realização, a região fica avermelhada e um pouco
inchada, mas esse efeito é passageiro.

Resultados

Elisandra Martins,
especialista em micropigmentação, explica que a camuflagem de estrias
melhora de 60% a 80% a aparência das marcas em até duas sessões.

Há diferentes
maneiras de realizar o procedimento. Alguns profissionais fazem uso apenas da
micropigmentação, enquanto outros combinam a técnica com tratamentos como a
micropuntura de estrias – método que visa reduzir a aparência das marcas pela
estimulação da produção de colágeno, que ocorre por meio de perfurações
superficiais na pele – e peelings químicos – que usam substâncias que descamam
a pele para suavizar as cicatrizes.

Essa junção de procedimentos é feita pela micropigmentadora Anna
Rita, CEO do Instituto Anna Rita. “A combinação faz com que o tecido seja
regenerado e a pele fique uniforme e com menos nivelações”, conta a
especialista “Após essa melhora, é usada a maquiagem definitiva para
deixar as imperfeições ainda menos perceptíveis”.

Duração

Diferente da tatuagem, a
micropigmentação de estrias não é definitiva, visto que o pigmento é
aplicado somente na camada superficial da pele. “Dura em média um ano,
podendo variar para mais ou menos”, conta Elisandra Martins.

Vale a pena?

Vanessa Silveira,
proprietária da rede de clínicas que levam seu nome, explica que a
micropigmentação de estria está em desuso, pois é muito difícil encontrar o tom
certo para cada tipo de pele. Ela também ressalta que o procedimento tem sido
feito por muitos profissionais desqualificados, o que pode gerar resultados
ruins.

Portanto, caso opte por fazer o tratamento, é preciso buscar
especialistas qualificados e que tenham realizado cursos na área. Outra dica é
observar os trabalhos realizados e procurar indicações de quem já tenha feito.

Cuidados após o tratamento

Após cada sessão é
preciso seguir uma rotina de cuidados para facilitar a recuperação da pele,
como o uso de produtos cicatrizantes.

Alguns tratamentos estéticos não podem ser feitos no verão, e
este é um deles, visto que é proibido tomar sol até que a pele cicatrize.
Depois desse período, profissionais garantem que o bronze não causa diferença
de cor na região.

Quem pode fazer?

É preciso ter
cuidados redobrados com a pele negra quando se fala em procedimentos estéticos.
A micropigmentadora Anna Rita explica que pessoas com fototipos de pele altos,
ou seja, tonalidades mais escuras, devem ter cautela ao fazer o procedimento
pois são mais propensas a efeitos como a hiperpigmentação, que é a alteração da
cor que pretendia ser alcançada.

Já a especialista em micropigmentação Elisandra Martins defende
que dermes escuras com estrias claras são ideais para fazer a camuflagem, visto
que apresentam resultados mais visíveis.

Devido ao contraponto de opiniões, o mais indicado é buscar um
dermatologista para que ele possa avaliar seu tipo de pele e as opções de
tratamento.

Contraindicações

Elisandra Martins
explica que pessoas que sofrem de problemas cardiovasculares ou diabetes
descontrolada só devem realizar o tratamento com orientação de um médico, assim
como quem faz tratamentos invasivos e gestantes.