Mercado descarta colheita volumosa no Brasil, avalia Conselho Nacional do Café

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 10:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:35
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Segundo o Conselho, a semana foi de pouca variação nos contratos de café arábica negociados em Nova Iorque

Os preços do café não devem sofrer pressão significativa, o contrário do estimado anteriormente. 

De acordo com analistas de mercado, já está praticamente descartada a possibilidade de uma colheita volumosa no Brasil, reforçando a oferta do produto, avalia o Conselho Nacional do Café (CNC), em boletim semanal, divulgado na sexta-feira.

“A possibilidade de uma colheita volumosa já foi descartada, o que os faz crer que os preços não devam receber pressão significativa conforme se projetava anteriormente”, diz o boletim, colocando a especulação sobre o tamanho da safra brasileira como um dos fatores de atenção dos operadores nas bolsas de mercadorias.

Segundo o Conselho, a semana foi de pouca variação nos principais contratos de café arábica negociados em Nova Iorque. A semana mais curta no Brasil, maior produtor mundial, em função do Carnaval, foi um dos principais fatores que inibiram os negócios.

Em meio a este cenário, o contrato para maio de 2018 acumulou baixa de 10 pontos em uma semana. Na quinta-feira (15/2), a cotação ajustou para US$ 1,2175 por libra-peso. 

Comportamento inverso ao do café robusta negociado em Londres, que teve ganho de US$ 25 no período e fechou a quinta-feira cotado a US$ 1.181 por toneladas, também no vencimento de março.

Estatísticas

No boletim, o CNC informa também que convidou o diretor geral da Organização Internacional do Café (OIC), o brasileiro José Sette, para participar de um seminário em que devem ser discutidas as metodologias usadas para estimar a produção. 

O Conselho manifesta preocupação com a OIC não usar mais como referência os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“É necessário ter conhecimento da metodologia utilizada pela Organização para estimar os números que tem divulgado sobre o café do Brasil, principalmente no que tange a produção e estoques, sendo fundamental avaliar, junto ao Governo brasileiro, a melhor estratégia para que haja convergência das estatísticas publicadas”, diz o CNC.

O seminário deve ter também representantes dos Ministérios da Agricultura, Relações Exteriores e Comércio Exterior, além da Embrapa, Conab e associações privadas ligadas à cafeicultura nacional. De acordo com o Conselho Nacional do Café, o encontro está sendo organização para o mês de maio, quando José Sette deve estar no Brasil para a  do 22º Seminário Internacional do Café.


+ Agronegócios