Mercadinhos vencem preços de supermercados pela 1ª vez em 7 anos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 26 de abril de 2018 às 22:57
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:42
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Pesquisa mostra também que 47% dos pequenos varejistas ainda mantêm o antigo hábito de vender fiado

Levantamento da empresa de pesquisa GfK mostra que
47% dos pequenos varejistas pratica a venda fiada na loja. Segundo o estudo, a
modalidade de venda ocorre em todo o país, mas é ainda mais presente na Região
Nordeste, onde 70% dos lojistas admitiram que fazem esse tipo de prática.

Além
disso, a pesquisa também detectou que, pela primeira vez em sete anos, a cesta
de produtos do levantamento está mais barata nos mercadinhos que em
supermercados e hipermercados.

A pesquisa,
divulgada na última quinta-feira, 26 de abril, na 38ª Convenção Anual do Canal
Indireto, da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores, considera
como pequeno varejo, setor conhecido também como mercado de vizinhança, aquele
que tem até quatro caixas. No levantamento, foram ouvidos 400 comerciantes. A
GfK faz pesquisa de mercado em mais de 100 países.

Além do destaque dado ao relacionamento de confiança com os
clientes, o setor dos mercadinhos de vizinhança em 2018 está, segundo o
levantamento, com preços mais competitivos em relação aos hipermercados e
supermercados. Pela primeira, vez desde 2011, a cesta de produtos pesquisada
pela GfK está custando R$ 239,21 nos pequenos varejistas, ante R$ 243,12 nos
supermercados e hipermercados.

“A profissionalização dos pequenos varejistas e o forte
investimento em novos serviços, como entrega em domicílio, novas tecnologias de
scanner
no caixa, estacionamento e oferta de eletroeletrônicos, têm feito a
competitividade crescer cada vez mais entre o comércio de bairro e os hiper e
supermercados”, destaca o diretor da GfK, Marco Aurélio Lima.

De acordo com os entrevistados, a perspectiva para o ano de 2018
é positiva: 64% disseram acreditar que o desempenho do setor será melhor ou
muito melhor do que foi em 2017. Outro aspecto positivo foi a intenção de
contratar funcionários: 18% pretendem admitir, 10% demitir, 68% manter e 4% não
sabem.


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