Melanoma: entenda o tipo de câncer que provocou a morte de Roberto Leal

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de setembro de 2019 às 17:57
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:49
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O melanoma é considerado o tipo mais grave de câncer de pele, em razão da alta possibilidade de metástase

O cantor Roberto Leal, famoso por sucessos como Arrebita e Bate o Pé, morreu aos 67 anos no último domingo, 15 de setembro, no Hospital Samaritano, em São Paulo. O artista português, que morava no Brasil desde a infância, estava internado desde o dia 10 em razão de um câncer de fígado que evoluiu de um melanoma maligno, de acordo com a assessoria do artista. O cantor fazia tratamento de câncer havia três anos. 

O melanoma é considerado o tipo mais grave de câncer de pele, em razão da alta possibilidade de provocar metástase, como ocorreu com Leal. Sua origem, segundo informações no portal do Instituto Nacional de Câncer (Inca), está nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele. 

A frequência é maior em adultos brancos – em quem tem pele negra, pode ocorrer nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés.

A incidência do câncer de pele é a mais frequente no Brasil, correspondendo a cerca de 30% dos casos em todo o país, mas o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas de pele.

Fatores de risco 

– Exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas – UV), principalmente na infância e adolescência

– Exposição a câmeras de bronzeamento artificial

– Ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino

– Ter história familiar ou pessoal de câncer de pele

Sintomas e riscos

– O melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação da doença na pele normal se dá após o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação.

– Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente ocorre aumento no tamanho, alteração na coloração e na forma da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares.

Diagnóstico e tratamento

– O diagnóstico é feito por um dermatologista, por meio de exames clínicos. Algumas vezes, pode ser necessária biópsia

– O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial. 

– A cirurgia é o tratamento mais indicado, com indicação de radioterapia e quimioterapia dependendo do estágio do câncer. 

– Em casos de metástase (o câncer já se espalhou para outros órgãos), o melanoma, hoje, tem sido tratado com novos medicamentos do tipo imunoterápicos, que podem apresentar altas taxas de sucesso terapêutico. 


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