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Corpo clínico interrompeu procedimentos eletivos contra falta de pagamentos de 3 meses
Médicos da Santa Casa de Igarapava (a 100 km de Franca) entraram em greve na segunda-feira (9) contra o atraso em três meses de salários. A categoria alega que as dívidas vêm sendo postergadas pela Prefeitura desde o ano passado.
Mobilizada por 30 médicos, a paralisação interrompe, por tempo indeterminado, todos os procedimentos eletivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como ortopedia, ginecologia, ultrassom, anestesia, cirurgia geral e clínica médica estão entre as áreas afetadas.
Atendimentos de urgência e emergência, para traumas, trabalho de parto e infartos, do pronto-socorro estão, no entanto, mantidos. O hospital atende, por dia, uma média de 200 pacientes.
“A administração da Santa Casa teve esse déficit de dois meses da gestão passada e a Prefeitura não sinaliza nada no sentido de quitar essa dívida. Fala que está judicializado, por conta da gestão do prefeito anterior e fica por aí, não se manifesta em pagamento em dia”, afirma o diretor clínico, Márcio Favero Ribeiro.
A Prefeitura reconhece o atraso da atual gestão, mas também atribui o problema a débitos da gestão anterior, e espera resolver o problema até terça-feira (10).
Em outubro do ano passado, os médicos interromperam os atendimentos eletivos pelo mesmo motivo.
Serviços parados
De acordo com o diretor clínico do hospital, os procedimentos eletivos estão parados desde às 7h desta segunda-feira. A greve foi comunicada ao Conselho Regional de Medicina na sexta-feira (6), segundo ele.
A greve, explica Ribeiro, foi a alternativa encontrada pelos profissionais diante da demora na quitação das dívidas com a categoria.
Embora os médicos venham sendo pagos mês a mês, os salários que seriam referentes a outubro e novembro do ano passado ainda não foram quitados, assim como o pagamento referente a agosto deste ano.
“Eles pularam esses dois meses e começaram a pagar de janeiro em diante e alegam que o pagamento deles está quitado, mas infelizmente o dinheiro não dá cria.”
Prefeitura
Em nota nas redes sociais, a Prefeitura reconhece que atrasou o pagamento referente a agosto deste ano, que vencia no final de setembro, mas que trabalha para resolver o problema “com maior brevidade possível.”
Por telefone, a Prefeitura comunicou esperar conseguir quitar parte dos débitos até terça e culpou a baixa na arrecadação de impostos.
“Por notificação encaminhada ao sr. prefeito municipal, o que foi confirmado em reunião com os médicos do Pronto Socorro, os médicos estão com pagamentos em atraso desde do mês de maio de 2017, com o que justificaram a paralisação dos atendimentos – o que deve ser apurado pelo Município”, informou.
A administração também disse que, para minimizar o impacto da paralisação, os postos de saúde da rede municipal têm oferecido atendimento a consultas não agendadas.
(Com informaçoes do G1)