Máscara hospitalar sobe 4.500%, de R$ 0,11 para R$ 5,00 e prefeito chora

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de março de 2020 às 19:41
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:31
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Prefeito de Diadema chora após denunciar aumento de 4.500% no preço de máscaras hospitalares

O prefeito de Diadema (SP), Lauro Michels, fez um apelo nesta terça-feira, 24, em entrevista à Rede Bandeirantes. 

Michels denunciou que, em meio aumento da demanda pela pandemia de coronavírus, fornecedores de materiais hospitalares estão cobrando preços abusivos, com aumento de até cerca de 4500% no caso das máscaras.

Segundo o prefeito, a máscara de modelo mais simples, que era comprada pelo município por R$ 0,11 a unidade um mês atrás, está custando quase R$ 5 agora – 4445% a mais. 

Já a N95 custava R$ 5, mas está saindo por R$ 16 – alta de 220%. Michels afirma que a cidade precisa de 700 mil máscaras.

“É um roubo, uma vergonha o que as empresas de máscaras, as empresa fornecedoras de EPIs [equipamento de proteção individual] da saúde estão fazendo com o mercado da saúde”, disse Michels, que se emocionou ao fazer um apelo.

“É uma vergonha estar faltando as coisas e o presidente Jair Bolsonaro não fazer nada pelos prefeitos. Nós estamos desesperados. Não temos mais EPIs. Não tem como comprar, querem vender sem nota. 

“Onde está o Cade, o Procon, as autoridades do comércio, da indústria? Estamos passando um caos. É um crime com a nação. Estou envergonhado de ser brasileiro”, desabafou o prefeito, com os olhos cheios de lágrimas.

O apresentador do Bora SP, Joel Datena, comprometeu-se a levar a denúncia ao Procon.


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