MAIS SOBRE A MÚSICA

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 10:50
  • Modificado em 29 de outubro de 2020 às 23:47
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“A MÚSICA E OS MÚSICOS

FEELINGS


Gravada no LP de estréia do cantor-compositor brasileiro Morris Albert (Maurício Alberto Kaiserman) em 1973, a canção “Feelings” tem uma trajetória ponteada de fatos inusitados. Teria sido composta em apenas 2 horas, numa noite de insônia, com letra em inglês e , entre as demais constantes do disco, não era a chamada “música de trabalho”, ou seja, aquela recomendada pra ser executada nos veículos de comunicação com mais intensidade. Mas foi a que acabou acontecendo, figurando, inicialmente, na trilha da novela “Corrida do Ouro”, da TV Globo. Em seguida, foi gravada em espanhol, com o título de “Sentimientos”, alcançando enorme sucesso em países da América Latina e ganhando um disco de ouro no México. Em abril de 1975 ganhou as paradas dos Estados Unidos, com a gravação do próprio Albert, além de uma outra na voz de Andy Williams. Gente de primeira linha, como Sarah Vaughn, Ella Fitzgerald, Johnny Mathis e Dionne Warwick incluíram o hit em seus repertórios, assim com as orquestras de Percy Faith e Ray Conniff, além de vários músicos do jazz. Após quase um ano liderando paradas de sucesso nos Estados Unidos e Europa, “Feelings” foi premiada com o Gold Award e Morris Albert passou a figurar entre os mais ricos artistas da época. Mudando-se para a Califórnia, chegou até a investir em imóveis e etc…

Na década de 80, o compositor francês Loulou Gasté apareceu na cena, acusando o brasileiro de havê-lo plagiado. Entrou com um processo no qual alegava ser sua canção “Pour Toi”, escrita em 1956, a fonte de inspiração de “Feelings”, culminando por sair vitorioso, com uma corte americana concedendo-lhe a co-autoria e, conseqüentemente, considerável parte da fortuna amealhada por Morris Albert.

Aí, aparece outra acusação: a verdadeira origem da melodia poderia ser a ária “Addio Del Passato”, da ópera “La Traviatta”, de Giseppe Verdi. Prometo pesquisar o assunto e contar o desfecho, assim que possível.

Aqui no Brasil, surgiu o comentário de que a trilha de um comercial em desenho animado, estrelado pela Turma da Mônica e o elefante da Cica (produtos alimentícios), teria a mesma fórmula musical (mesma melodia por determinado número de compassos, caracterizando plágio), entretanto, sem questionamento judicial.

Mais recentemente, em 1998, a badalada e disputada obra foi gravada pela banda punk Offspring, quando a palavra “love” foi substituída por “hate”.


Fontes : “A Canção No Tempo” – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello

Arquivo Pessoal de Dados

Fotos: Divulgação

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*Esta coluna é semanal e atualizada às segundas-feiras


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