MAIS SOBRE A MÚSICA

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de outubro de 2017 às 09:40
  • Modificado em 29 de outubro de 2020 às 23:55
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“ADMIRÁVEL ZÉ”

Nascido em Brejo da Cruz, na Paraíba, a 3 de outubro de 1949, José Ramalho deveria ter se formado médico. Mas, influenciado por astros da Jovem Guarda como Roberto e Erasmo Carlos, Leno & Lílian, Renato Barros e Golden Boys e por roqueiros como Pink Floyd, Beatles e Rolling Stones e até por Bob Dylan. acabou virando Zé Ramalho. Em 2008 foi incluído na lista da Revista Rolling Stone em 41 º lugar entre os cem melhores cantores brasileiros.

Autor de uma obra surrealista, que funde o rock com o repente nordestino, vem a atingir um de seus melhores momentos com a música “Admirável Gado Novo”, gravada no LP “A Peleja do Diabo Com o Dono do Céu”. Essa obra tornou-o conhecido em todo o país. Inspirada no título “Admirável Mundo Novo”, de um livro do escritor britânico Aldous Huxley, a composição comenta a sina do povão, que se repete em cada geração, manejada pelos interesses dos poderosos. Isso é exposto em três veementes estrofes, que são intercaladas por um “refrão-aboio”, seco e irônico: “Êh eh ô vida de gado/ povo marcado, eh/ povo feliz…”

Zé Ramalho é, sem qualquer contestação, o melhor intérprete de sua própria obra, com sua personalíssima voz rude e cavernosa que complementa e dá convicção ao mundo contraditório, delirante e apocalíptico que a caracteriza. Lançada em 1979, dezesseis anos depois “Admirável Gado Novo” seria o tema dos “sem terra”, na telenovela “O Rei do Gado”, exibida pela Rede Globo, puxando a vendagem do disco, recordista com quase dois milhões de cópias.

Fontes : “A Canção No Tempo”- Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34.

             “Revista da Música”

Foto : Liga Entretenimento/Divulgação.

Confira no destaque.


TRÊS CURTAS :

1. Em entrevista recente, Carlos Lyra, um dos pilares da bossa nova, revelou que os artistas brasileiros engajados no movimento quase não subiram ao palco na dita memorável noite de 21 de novembro de 1962, no Carnegie Hall, em Nova York. Segundo ele, os brasileiros descobriram que o evento que lhes fora apresentado como sendo “a noite da bossa nova”, tinha como único objetivo realizar uma gravação em massa de artistas de diversos gêneros, para  promover a gravadora que os contratara. Segundo Carlinhos, havia mais gente pra se apresentar do que espectadores, muita desorganização e total falta de atenção, coisa nunca revelada antes. Obedientes a Tom Jobim, temente às severas punições legais nos Estados Unidos, os brasileiros não “deram o cano” e se apresentaram, mesmo a contragosto.

2. “Pedro Pedreiro”, o primeiro disco de Chico Buarque de Hollanda, chegou às lojas em 5 de maio de 1965. Tinha o formato de compacto simples que continha, no lado B, “Sonho de Um Carnaval”.

3. Extraído do livro “1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer”:

1- JAZZ SAMBA – STAN GETZ & CHARLIE BYRD (1962)

2- WHAT’S GOING ON – MARVIN GAYE (1971)

3- VENTO DE MAIO – ELIS REGINA (1978)

BENY CHAGAS MUSIC SHOW

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*Esta coluna é semanal e atualizada aos domingos.


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