Ao longo dos anos, o Nordeste brasileiro tem se consolidado como uma usina de ritmos contagiantes, revelando-nos sua enorme riqueza musical. Pesquisadores do folclore identificam dezenas de ritmos e suas variantes nos estados da região. Entre os mais importantes tomamos a liberdade de citar o frevo, o coco, o maracatu, o forró e o baião.
Surgiu como gênero musical em 1945, quando Luiz Gonzaga estabeleceu seu ritmo, estilo e temática com “Baião”, música que compôs juntamente com Humberto Teixeira. A letra já abre em tom didático: “Eu vou mostrar pra vocês/ como se dança o baião…”
Contando com introdução percussiva e evitando a síncope, no baião, a frase melódica começa após uma pequena pausa. Marcando o ritmo da música, o triângulo faz par com a zabumba, com a sanfona cuidando da harmonia e, invariavelmente, da melodia.
Foi muito popular até o surgimento da bossa nova, no final dos anos 50. Também tinha sido, até então, um dos ritmos brasileiros de maior influência no exterior.
Além de Luiz Gonzaga, outro importante compositor de baiões foi o maranhense João do Vale, que conviveu com a música desde cedo mas só se tornaria popular em 1964, ao estrear como cantor no restaurante Zicartola, de propriedade do compositor Cartola juntamente com sua mulher Zica, no Rio de Janeiro.
A denominação baião seria uma corruptela de baiano, nome de um ritmo chamado lundu, do qual este seria derivado.
Se Luiz Gonzaga foi chamado de “O Rei do Baião”, Humberto Teixeira tornou-se o “doutor”, Carmélia Alves a “rainha”, Claudete Soares a “princesa” e Luiz Vieira o “príncipe”
O baião influenciou o trabalho de muitos artistas através das décadas seguintes, renascendo o interesse pelo gênero principalmente nos anos 70, com o advento da Tropicália. Vide o trabalho de Gilberto Gil e a fusão rítmica do roqueiro Raul Seixas batizada de “baioque”(baião com rock). Até a banda Angra ousou experimentar com o “baião”.
Fontes : Internet e “Enciclopédia do Estudante”
LOUVAÇÃO A QUEM MERECE – RODRIGÃO
Camarada que passa a impressão de ser “simplão”, sossegadão, tranqüilo, aos poucos vai conquistando seu lugar na cena musical da cidade e da região.
Até pouco tempo fazendo duo com a talentosa Desirê Singer, arrancando calorosos aplausos por onde se apresentavam, agora o cara está partindo pro seu vôo solo, com sua voz, seu violão e seu talento. E sua simpatia. Ele é um dos artistas locais que fazem questão de demonstrar satisfação quando somos identificados na platéia ou nos encontros casuais. É um artista que faz questão de não deixar de ser gente!