​Mais de oito mil famílias de Franca se cadastraram em busca de uma cesta básica

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de maio de 2020 às 16:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:44
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Sem dinheiro e sem emprego, famílias que não eram necessitadas ficaram necessitadas de uma hora para outra

A necessidade de ajudar as pessoas em Franca cresceu vertiginosamente. A distribuição de cestas básicas do Município, que tinha uma variável de 250 a 300 por mês, cresceu para 200 por dia. 

O fator complicador nesse situação é que o poder público não tem estrutura para atender tantas famílias assim.

Desde o início da pandemia do coronavírus, Franca sente a necessidade acentuada de obter cestas básicas e outros produtos para ajudar os necessitados. 

E, muitas famílias que trabalhavam no limite de suas finanças domésticas vivem agora o drama da necessidade: primeiro de comer, e depois de ter trabalho. 

Nessa lista de necessidades estão trabalhadores de vários segmentos. Ao delinear as necessidades não é possível apontar para essa ou aquela família, porque quem trabalha na ponta do sistema percebe que todos precisam. 

Eliete Neves, secretária de Ação Social do município de Franca, ressaltou que as atividades nos CRAS –Centro de Referência Social – das diferentes regiões de Franca apontam para um crescimento vertiginoso de pedidos de cestas básicas. 

“Antes da pandemia, a Secretaria distribuía uma média de 250 a 300 cestas por mês. Agora, em período de Covid-19, nos chegam por dia mais de 200 pedidos. Temos um cadastro superior a 8 mil famílias na fila para receber doações”, contou.

O trabalho de voluntários, grupos e entidades filantrópicas está sendo importantíssimo para atender à essas necessidades. Sem esse apoio, Eliete Neves ressalta que a situação poderia ser ainda mais dramática

NÚMEROS 

Ela apontou para a reportagem do Jornal da Franca que a Secretaria de Ação Social tinha um cadastro (antes pandemia) em torno de 12,5 mil famílias em extrema carência. 

Pós pandemia ele saltou para quase 40 mil. “Não há uma estrutura que suporte tanta necessidade. Se não houver o clamor público, a situação poderá se transformar num caos completo”.

A ajuda tem chegado de todos os cantos da cidade, de vários setores econômicos ou assistenciais, beneficiando muitas famílias. Entre elas acaba ocorrendo a ajuda mútua. Afora isso, chegam os apoios das famílias voluntárias e entidades filantrópicas.

Doações

Com o auxilio do Fussol (Fundo de Solidariedade) e empresas dos diferentes ramos, as pessoas em condições podem destinar alimentos não perecíveis e deixar nas caixas de coleta, que tem a devida identificação e estão espalhadas por  diversos locais. 

Para as pessoas que isoladamente estão organizando arrecadações, a Secretaria de Ação Social pede que enviem a lista do quantitativo conseguido e pessoas ou entidades a quem destinou para o e-mail: [email protected]), para que seja feito um controle e não ocorra duplicidade na destinação das doações das cestas básicas.


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