Mais de 50 mil peixes de quatro espécies serão soltos em rios da região de Franca

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de fevereiro de 2017 às 10:32
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:06
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Solturas de várias espécies serão realizadas nas represas das hidrelétricas Palmeiras e Retiro

Os reservatórios de duas Pequenas Centrais Hidrelétricas localizadas no rio Sapucaí-Mirim receberão, nesta terça feira, 7 de fevereiro, 50 mil peixes das espécies: piapara, piau, bagre e curimbatá. 

As solturas fazem parte do programa de repovoamento do rio, desenvolvido pelas usinas Palmeiras e Retiro, localizadas nos municípios de São Joaquim da Barra e Guará, respectivamente.

A ação de repovoamento ocorre no dia em que a PCH Palmeiras completa cinco anos em operação. Já a usina Retiro iniciou sua atividade há três anos. Juntas, elas têm potência instalada de 32kW, capaz de gerar energia para abastecer 600 mil habitantes.

 “A atividade de reintrodução de peixes em represas é uma das formas de manejo adotadas para diminuir o impacto ambiental causado por barramentos hidrelétricos. No caso de PCH, esses impactos são menores, em razão do tamanho reduzido do reservatório”, expõe coordenador do programa, biólogo Norberto Vianna.

A represa de Palmeiras possui um espelho d’água de 2,5 quilômetros quadrados e um volume reservado de 15,95 milhões de metros cúbicos de água. O lago de Retiro tem 2,78 quilômetros quadrados e reserva 16,16 milhões de metros cúbicos de água. Desde que foi iniciado, o programa soltou mais de 480 mil novos peixes nesses reservatórios, contribuindo para o repovoamento da Bacia.

Espécies nativas

O programa utiliza espécies nativas selecionadas com base em estudos científicos realizados na fase anterior ao enchimento dos reservatórios de Palmeiras e Retiro, e de acordo com o projeto aprovado pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Sapucaí-Mirim/Grande e pelo órgão ambiental.

“As matrizes utilizadas passaram por análise genética, e a reprodução é dirigida de modo a evitar cruzamentos consanguíneos. Os peixes reprodutores recebem microchips para identificação e organização. A partir daí, fazemos os cruzamentos dirigidos, com efetivo sucesso no repovoamento do rio”, explica Vianna.


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