Pessoas picadas por escorpiões no país em 2018 passam de 140 mil

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 13 de janeiro de 2019 às 18:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:18
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Espécie encontrada nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e partes do Centro-Oeste é a que mais causa acidentes

Em 2018, o Brasil registrou 141.400 acidentes com escorpiões, segundo informações do
Ministério da Saúde. Esse número, que ainda é preliminar, representa um
crescimento de 11,5% em relação a 2017. Na comparação com 2016,
o aumento é ainda maior: 64,8%.

Não se sabe o número de mortos, já que esse
dado só é calculado dois anos depois do ano de referência. Por enquanto,
foram 115 óbitos em 2016 e 88, em 2017.

De acordo com o ministério, o período do verão (dezembro a março) favorece o aparecimento dos
escorpiões, que gostam de climas úmidos e quentes.

A vulnerabilidade para acidentes é maior no caso de
trabalhadores da construção civil, de madeireiras, transportadoras e
distribuidoras de hortifrutigranjeiros por manusearem objetos ou alimentos onde
o animal pode se alojar.

Crianças e pessoas que passam longos períodos
dentro de casa, nos arredores ou quintais também estão em maior risco.

A pasta destaca também que, no
Brasil, a espécie de escorpião que mais causa acidentes é a Tityus
serrulatus, uma vez que tem
facilidade para se reproduzir e colonizar novos ambientes, mesmo em áreas em
que não é normalmente encontrada. Essa espécie é muito comum nas regiões
Sul, Sudeste, Nordeste e partes do Centro-Oeste.

O que fazer em caso de picada

Em caso de picada por escorpião, a
recomendação do Ministério da Saúde é procurar imediatamente o hospital de referência mais próximo. Levar o animal ou uma foto
pode ajudar na identificação da espécie, o que permite uma avaliação mais
eficaz sobre a gravidade do problema – no entanto, isso não é imprescindível
para atendimento. A medida apenas ajuda no diagnóstico e aumenta a eficácia do
tratamento.

Quando a picada ocorre, os
indivíduos apresentam sintomas como dor imediata, vermelhidão e inchaço leve
por acúmulo de líquido, piloereção (popularmente chamado de calafrios) e suor
localizados. No caso de crianças menores de sete anos, os sintomas podem
aparecer longe do local da picada, como vômito e diarreia, principalmente nas
picadas por escorpião-amarelo, que podem levar a casos graves e requerem a
aplicação do soro em tempo adequado.

O Ministério da Saúde ressalta que
não é em todo caso de acidente que o soro é indicado e apenas um profissional
de saúde pode fazer essa avaliação. Em casos moderados ou graves, a indicação é
o antiveneno. Limpar o local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar,
desde que não atrase a ida ao serviço de saúde.


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