Justiça pede prisão de ex-prefeito Ataíde Vilela por corrupção em Passos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de julho de 2018 às 13:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:53
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Ex-prefeito Eesteve preso em novembro de 2017 em operação que investiga fraudes na Prefeitura

U​m novo mandado de prisão preventiva contra o ex-prefeito Ataíde Vilela foi expedido em Passos. 

A denúncia partiu do Ministério Público e é parte da segunda fase da operação Purgamentum, que começou no ano passado. 

Desta vez, o político responde por corrupção e lavagem de dinheiro. Ataíde já foi preso outras duas vezes em novembro de 2017.

Ataíde Vilela tem novo mandado de prisão decretado em Passos.

Segundo o coordenador regional das Promotorias do Patrimônio Publico do Sul de Minas, Paulo Frank Pinto Júnior, o ex-prefeito ainda não foi localizado para a prisão.

“O juiz decretou a prisão preventiva dele e a polícia ainda não o localizou. O delegado está tratando com o advogado para saber se ele vai se apresentar ou não para as autoridades. Mas, por duas vezes nas diligências feitas pela polícia, ele não foi encontrado. A casa estava trancada. Os policiais não foram sequer atendidos”, explica.

Questionado se Ataíde já pode ser considerado foragido da justiça, Paulo Frank explica que ainda é cedo.

“Para considerá-lo foragido é preciso esgotar o período das diligências, as tentativas de encontrá-lo. Não existe um prazo pré-fixado”, responde.

O promotor relembrou que, na primeira fase da operação, o prejuízo aos cofres públicos foi quantificado em R$ 11 milhões.

“Na atual denúncia, ele é imputado pelo recebimento de três propinas: duas de R$ 150 mil e uma de valor indeterminado. Na primeira fase, o desvio foi de R$ 11 milhões em benefício de uma empresa de coleta de lixo. O núcleo operacional envolvido no crime é que foi denunciado por corrupção. Na segunda fase, chegamos a apurar corrupção envolvendo o núcleo político”, explica sobre as fases da operação Purgamentum.

Ataíde foi preso na primeira fase da operação em novembro de 2017. Nesta segunda fase da Purgamentum, ele é denunciado por três crimes de corrupção e oito de lavagem de dinheiro.

“Na primeira vez, foi processado por crimes de peculato, crimes licitatórios, organização criminosa, obstrução de investigação de organização criminosa etc. A denúncia foi muito extensa. Naquela oportunidade não foi processado por crime de corrupção e sim por de desvios de dinheiro público”, completa o promotor Paulo Frank.

O mandado de prisão e a decisão da Justiça foram expedidos no 20 de julho. A publicação da decisão e da tentativa de cumprir o mandado aconteceram na segunda feira (23).

A Purgamentum

O ex-prefeito de Passos (MG), Ataíde Vilela, foi preso na primeira fase da Operação Purgamentum por denúncias de fraudes em contratos de prefeituras com empresas de serviço de limpeza e coleta de lixo.

Foram cumpridos na ocasião oito mandados de prisão preventiva e doze mandados de busca e apreensão em Passos. 

Além do Sul de Minas, o Ministério Público cumpriu mandados também em cidades do interior de São Paulo.

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão, 44 de busca e apreensão e 11 conduções coercitivas.

Ataíde Vilela foi solto no dia 14 de novembro de 2017, cinco dias depois de sua prisão na primeira fase da operação, através de um habeas corpus deferido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Nova prisão foi pedida no dia 17 pelo Ministério Público.


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