Jovem aprendiz se torna empresário de destaque na indústria de botas country

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 17:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:17
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Empresário aprendeu a fazer botas de couro na infância e hoje fatura com o conhecimento adquirido logo cedo.

Marco Souza, conhecimento desde os nove anos de idade

A moda country provou não ser passageira no Brasil. Para mostrar do que é feito um bom calçado do estilo, o Pequenas Empresas & Grandes Negócios esteve em Franca, no interior de São Paulo, conhecida como a capital nacional do calçado masculino. 

Por aqui, conheceu um empreendedor que começou a trabalhar bem jovem no setor calçadista.

Marco Souza colocou a mão na massa desde pequeno e aprendeu a fazer as famosas e concorridas botas de couro.

 “Com nove anos, já costurava sapato nas horas vagas da escola. Com 13, entrei numa empresa como aprendiz e trabalhei aprendendo a fazer de tudo na parte fabril de um calçado. Logo depois de prestar serviço militar, fiz um curso de modelagem”.

Tanto empenho e determinação tinham destino certo: Marco já sabia que queria ter a própria empresa de calçados.

“Logo em seguida, iniciei uma pequena empresa, com poucas máquinas, adquiridas através de venda de duas linhas telefônicas. Na época, era um investimento”, conta.

Da fundação, no final dos anos 80, para cá, a fábrica passou de três para cem funcionários. Hoje são dezenas de máquinas, em um espaço de 1300 metros quadrados. 

Muito trabalho para se destacar da região de Franca, que tem cerca de 500 empresas calçadistas. 

“Hoje o mais complicado como empresa é concorrer com um produto de baixa qualidade. Mas a gente nunca abriu mão da qualidade, da durabilidade e do conforto do nosso produto”, garante.

A fábrica produz 250 pares de calçados por dia. Antes de chegar nas caixas, as botas passam por mais de 30 processos. 

O único serviço terceirizado é a sola, que depois de pronta, volta pra fábrica para ser colada, prensada e depois costurada. É o que garante a qualidade dos produtos da empresa.

A melhor época de vendas é no inverno, com o impulso da festa do peão de Barretos. Para driblar a sazonalidade, eles investiram na linha casual, para o ano todo.

Os calçados custam na fábrica de R$ 150 a R$ 690. A linha mais cara é a de couro exótico, um pedido dos representantes de vendas. No ano passado, a empresa faturou R$ 3,8 milhões.

Todo trabalho exige muito a atenção do dono do negócio, que nunca deixou de colocar a mão na massa.

“Sempre que necessário eu tô aqui colaborando com o pessoal, na ausência de algum, fazendo o trabalho dele, no que for preciso. E com isso a gente vai orientando e supervisionando o serviço. É aquele ditado: o olho do dono que engorda o boi. E comigo é assim”, explica Marco.


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