Histerectomia: Entenda como funciona e quando é indicada a retirada do útero

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  • Publicado em 11 de abril de 2017 às 10:57
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:09
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Medida pode ser necessária para tratar determinadas doenças ou para prevenir avanços do câncer de útero

O
útero é fundamental para a vida reprodutiva da mulher, porém este órgão
frequentemente é alvo de patologias que trazem muitos problemas para a saúde.

Dependendo
do caso, a única solução é o procedimento de histerectomia, ou seja, a retirada
do órgão que pode ou não incluir também a remoção das trompas e ovários. Ainda
um assunto que desperta certo desespero entre as mulheres, o procedimento é
utilizado tanto para tratar determinadas doenças como miomatose, hemorragias,
prolapso uterino, endometriose como também pode ser uma medida preventiva para
amenizar os avanços de um câncer no colo do útero.

Segundo
o ginecologista e obstetra Élvio Floresti Junior, especialista neste tipo de
procedimento, existem três tipos de cirurgias de histerectomia possíveis de serem
realizadas:

– Histerectomia abdominal: Considerada a mais
tradicional, pode ser feita com o mesmo tipo de corte utilizado na cesárea ou
com uma incisão longitudinal, para úteros mais volumosos. Este procedimento,
apesar de mais utilizado, é mais doloroso, causa mais desconforto e exige mais
tempo e cuidados na recuperação da paciente.

– Histerectomia por videolaparoscopia: Neste caso é
necessário o uso de anestesia geral. São feitas pequenas incisões no abdômen da
mulher para a passagem de algumas pinças longas que serão utilizadas durante a
cirurgia para soltar o útero e o médico consegue acompanhar através do vídeo
todo o movimento necessário. Após a liberação do útero a paciente é colocada em
posição ginecológica para que o órgão seja retirado pela vagina. É obrigatório
anestesia geral e o colo uterino é normalmente deixado, pois há uma dificuldade
técnica para sua remoção por videolaparoscopia.

– Histerectomia vaginal sem prolapso
uterino:

Menos invasiva, este método é utilizado para todos os casos de mulheres, mesmo
as que nunca tiveram filhos. O tamanho do útero também não é mais problema,
pois mesmo úteros volumosos, de até 1 quilo, são passíveis de serem retirados
por via vaginal. Sem cicatrizes, com menos desconforto e com recuperação mais
rápida.

“Na
histerectomia vaginal o colo uterino sempre é retirado, mas os ovários são
preservados para que a função hormonal da mulher seja mantida. Porém, em casos
de cistos ovarianos e tubários também podem ser retirados sem problema algum”,
esclarece o especialista.

O
ginecologista explica que mesmo com a retirada do útero, a produção hormonal
feminina permanece inalterada. Além disso, não há também interferência no ganho
ou perda de peso do corpo da mulher como muitos acreditam.

Sobre
a diminuição da libido, o ginecologista alerta. “O prazer sexual não é
alterado. O útero não tem função sexual. Se algo alterar será para melhor, pois
a mulher terá a possibilidade de ter relações tranquilamente, sem sangramentos
ou desconfortos do útero miomatoso, antes existente”.