Grupo de Combate à violência doméstica em RP divulga balanço de ações

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de junho de 2017 às 13:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:14
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A rede de proteção foi ainda responsável pela reaplicação do Projeto Instruir

O subgrupo sobre violência doméstica da Rede de Atuação Protetiva de Direitos Sociais em Ribeirão Preto vem realizando uma série de ações para a promoção do combate às agressões contra mulheres.

Entre elas, está a definição como prioritária de uma articulação entre poder público e sociedade civil com o objetivo de questionar a possível extinção da Coordenadoria da Mulher.

Afinal, o serviço vinha desempenhando papel importante na prevenção e atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. O assunto foi abordado em reunião recente, contando com a participação de movimentos sociais ligados ao tema, como Casa da Mulher, Conselho Municipal da Mulher, Aliança de Mulheres Cristãs Empreendedoras (Alimce), Mulheres Unidas por Ribeirão e Serviço de Atenção à Violência Doméstica e Agressão Sexual (Seavidas), entre outros.

A atuação dos promotores de Justiça foi importante para que a Secretaria da Assistência Social de Ribeirão Preto concordasse em abrir espaço para discussão com a sociedade civil em torno da manutenção da Coordenadoria da Mulher.

Outros exemplos de iniciativas adotadas pelo subgrupo sobre violência doméstica da Rede de Atuação Protetiva de Direitos Sociais Ribeirão Preto são os diversos eventos realizados para levar à sociedade a importância da temática. Um deles foi o lançamento da cartilha “Violência Doméstica – Conheça seus direitos – Quebre esse ciclo”, realizado no Dia Internacional da Mulher, no Centro Cultural Palace. Material sobre o tema e sobre tráfico de pessoas também foi distribuído em evento na Esplanada Pedro II.

A rede de proteção foi ainda responsável pela reaplicação do Projeto Instruir, elaborado pelo Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) da capital. O programa prevê a capacitação e conscientização de profissionais envolvidos na temática da violência contra a mulher.

Cerca de 200 profissionais de 15 municípios da região de Ribeirão Preto, entre assistentes sociais, psicólogos e outros trabalhadores da área da saúde, passaram pelo treinamento. 

Recrutas da Polícia Militar também receberam orientações neste sentido. O mesmo projeto foi levado, na forma de palestra/conversa, a detentos recolhidos no Centro de Detenção Provisória de Serra Azul, com o objetivo de prevenir a reincidência da violência doméstica.

O estímulo a atividades prevendo a criação da Casa Abrigo para Mulheres em Ribeirão Preto também foi realizado pela rede protetiva, assim como a assinatura de acordos e parcerias entre o MPSP, Defensoria Pública, universidades, OAB e Coordenadoria da Mulher, visando à oferta de atendimento jurídico a mulheres vítimas de violência.

Estas e outras atuações da rede protetiva são possibilitadas após levantamentos, realizados pelo próprio grupo, de dados relativos à violência doméstica e registrados pela Secretaria da Segurança Pública, delegacias de polícia e serviços de saúde.


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