Greve prejudicou insumos e fábricas de calçados dão férias coletivas em Birigui

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de junho de 2018 às 09:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:47
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Produtos essenciais para confecção de calçados ainda não chegaram.Três mil foram dispensados

​A greve dos caminhoneiros terminou há cinco dias, mas os reflexos ainda estão sendo sentidos no noroeste paulista.

Em Birigui (SP), muitas fábricas de calçados deram férias coletivas para os funcionários nesta segunda-feira (5), já que há falta de insumos e matéria-prima para fazer os produtos.

As máquinas estão paradas porque não chegou couro, cola e outros produtos essenciais para confecção dos calçados.

Dos 13 mil trabalhadores da indústria de Birigui, 3 mil foram dispensados temporariamente. As indústrias deram férias coletivas por um período que varia de 7 a até 20 dias.

Em uma fábrica, cerca de 550 funcionários entraram em férias coletivas por uma semana. É a primeira vez que isso acontece nesta época do ano na empresa.

“Isso nunca aconteceu de dar férias coletivas nesse momento. Agora com o mercado difícil, com a greve dos caminhoneiros, sem matéria prima resolvemos dar as férias”, afirma o diretor da empresa Wagner Polli.

Alguns materiais já começaram a chegar e a expectativa é que até a volta dos funcionários, a matéria prima que ainda falta já esteja à disposição. “Até o fim de semana deve chegar a matéria que falta e na semana que vem todos voltariam”, afirma Wagner.

O presidente do Sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigui (Sinbi) explica que algumas empresas costumam dar férias coletivas nessa época, mas a diferença, neste ano, é que muitas anteciparam e até prolongaram esse período por causa da falta da matéria.

“Além das férias coletivas, as empresas prorrogaram o período com ajuda do banco de horas, isso ajuda a manter o quadro de funcionários”, afirma Samir Nakad.

Fábrica está com as máquinas paradas em Birigui (Foto: Reprodução/TV TEM)


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