Gorjeta em restaurantes pode ser aumentada de 10% para até 15%

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de agosto de 2017 às 16:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:19
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Cerca de 31% dos pequenos estabelecimentos operavam no prejuízo no primeiro trimestre

​Desde maio, está em vigor uma lei obriga os donos de estabelecimentos a arcarem com encargos trabalhistas e previdenciários de parte do valor recebido pelos funcionários dos clientes. 

A regulamentação da gorjeta era uma demanda antiga do setor para que houvesse mais segurança jurídica, segundo demanda da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

No entanto, isso poderá pesar no bolso dos clientes, pois, com a lei, passou a ser feito um cálculo da média das gorjetas do trabalhador e esse valor é agora considerado parte da remuneração, tendo de ser pago no 13º e nas férias.

Em contrapartida, os patrões passaram a poder descontar até 33% da gratificação dos funcionários para o pagamento de impostos. Assim, a lei pode acabar significando uma redução do valor que os trabalhadores recebem por mês. 

Para manter a gorjeta dos garçons no patamar anterior à lei, veio dos restaurantes a sugestão da gorjeta maior, passando dos tradicionais 10%, que muitos clientes já relutam em pagar, para até 15%. Alguns restaurantes da capital e até do interior já têm implantado a medida.

Isso pode complicar ainda mais a situação dos comerciantes, que têm que cumprir a lei, mas por outro lado precisam preservar a clientela. 

Ainda mais em épocas como a atual, de crise na economia, onde pesquisas da própria Abrasel apontam que 31% operavam no prejuízo no primeiro trimestre deste ano. 

Pouco mais da metade dos entrevistados afirmou ter uma rentabilidade inferior a 10%.


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