Gilson desiste de radares, aposta em lombadas e o trânsito segue matando

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de julho de 2018 às 05:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:50
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Enquanto prefeito faz política e evita desgaste, trânsito de Franca continua extremamente violento

Acidentes de trânsito continuam matando muita gente em Franca. Somente este ano, foram mais de 30 pessoas. A maioria dos acidentes é causada por imprudência ou imperícia dos motoristas, que abusam do álcool ou da velocidade, isso é fato.

Mas há meios do poder público intervir diante da falta de senso de alguns, protegendo os demais. Uma das formas é o controle de trânsito com a utilização de radares fixos e lombadas eletrônicas.

A instalação chegou a ser cogitada no início do mandato de Gilson de Souza como prefeito de Franca mas rapidamente engavetados por se tratar de medida impopular. A aposta do governo então tem sido as lombadas e lombofaixas, mais caras e menos eficientes que os radares e ainda pidem render votos no “varejo”.

Os dados assustam. Somente este ano, os acidentes de trânsito já deixaram, entre batidas e atropelamentos, mais de 30 pessoas mortas na cidade, sendo 12 somente em acidentes com motocicletas.

Para se ter dimensão do que isso significa, a frota de motocicletas de Franca é de 66 mil veículos, enquanto a de Ribeirão Preto é de 135 mil. 

Na vizinha cidade, houve apenas duas mortes a mais, em acidentes com motocicletas, no mesmo período, de janeiro a junho deste ano.

Pelo que se vê até aqui, a medida não tem adiantado muito. Os motoristas continuam abusando da velocidade e dos abusos e desrespeito à legislação de trânsito e vidas continuam a ser ceifadas.

Os radares, desde que acompanhados de uma campanha de trânsito, ainda são eficientes controladores de trânsito, uma vez que as infrações que os equipamentos registram não dão margem a muitos recursos. 

Só é multado quem realmente não obedece aos limites de velocidade impostos, em uma forma de fiscalização totalmente impessoal e praticamente sem qualquer margem de erro.

À administração de uma cidade caberia mais a preservação da vida e a utilização dos meios disponíveis para fiscalizar com rigor os infratores do que as ações voltadas prioritariamente ao aspecto político e às ações associadas à perda ou ganho de votos.


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