Gilson de Souza segue fazendo suas “caridades com chapéus alheios”

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de julho de 2018 às 11:48
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:52
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Prefeito francano anuncia obras particulares, sem cunho social, como se fossem feitos de sua gestão

O prefeito Gilson de Souza (DEM) continua​ fazendo política com ações e empreendimentos particulares como sem fossem grandes feitos de sua administração. É o chamado fazer caridade com chapéus alheios.

Nesta semana, o prefeito anunciou a autorização para cinco empreendimentos residenciais em Franca, que resultarão no investimento de alguns milhões de reais. Todos são particulares e não têm qualquer cunho social. 

Como em qualquer ação privada no ramo de imóveis, o foco das empresas é o lucro, o que totalmente legítimo. O que chama a atenção é a fala do prefeito, que dá a entender que sua administração, a quem cabe apenas autorizar as obras, tem alguma responsabilidade sobre os investimentos.

“Não estamos medindo esforços para ajudar as famílias realizarem o sonho da casa própria e também aquecer a economia”, disse ao GCN, empresa ligada a Corrêa Neves Júnior (PSD), vereador, líder informal de Gilson na Câmara e seu conselheiro político.

Gilson fala que serão feitos investimentos na cidade e que serão gerados empregos. De fato, as construtoras vão aplicar recursos, até por Franca ser uma cidade média que comporta novos empreendimentos e tem mercado potencial para as negociações de imóveis. Para isso, serão necessários investimentos e, claro, profissionais da construção civil.

Mas, em período de pré-campanha, com o filho de Gilson, Gilsinho de Souza, sendo pré-candidato a deputado federal, e o seu irmão, Nirley de Souza, que deverá tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa, é bom deixar claro que tudo isso será feito com dinheiro de construtoras particulares e que não qualquer mérito do poder público em autorizar as construções – isso é sua obrigação.

Qualquer afirmação em contrário, de Gilson, da imprensa ou seus aliados políticos, será uma clara tentativa de ludibriar os francanos – leia-se os eleitores.


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