Futebol Feminino no Brasil vive situação caótica e atletas pedem socorro

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 26 de novembro de 2015 às 08:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:31
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Já não é de hoje que o Futebol Feminino no Brasil carece de maior apoio, incentivo. Diante de tanto descaso, as atletas pedem socorro e melhorias urgentemente. Para se ter uma ideia do tamanho do caos que o futebol feminino atravessa, basta citar alguns casos bizarros que ocorreram na edição do Campeonato Brasileiro deste ano, que poderá ser decidido fora de campo. Nessa temporada, na primeira partida da final, em São José do Rio Preto, vitória das riopretenses por 1 a 0. Elas jogariam por um empate na segunda partida para ficarem com o título. No entanto, a segunda partida da final do Brasileirão Feminino, entre São José e Rio Preto, foi suspensa. O time joseense foi denunciado pela Procuradoria de Justiça Desportiva por suposta escalação irregular da meia Gabi Portilho no primeiro confronto da decisão, no último domingo, 22. Diante da denúncia apresentada, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) optou pela suspensão do duelo marcado para esta quarta-feira, 25, até que o processo seja finalizado. Caso ocorra a segunda partida da decisão, ela ainda não tem data prevista para ser realizada.

Casos bizarros:

Sem água

Centro Olímpico-SP e Duque de Caxias em campo. E o árbitro Marcio Henrique de Gois relata falta de água no estádio José Liberatti, em Osasco. O jogo terminou 13 a 0 para a equipe paulista, a campeã da primeira edição do Campeonato Brasileiro Feminino, em 2013. Show de gols em campo, mas falta d’água no estádio.

Sem Segurança

Rio Preto e Santos jogam sem fiscalização no estádio Anísio Haddad, em São José do Rio Preto. Torcedores do time da casa soltaram fogos de artifício atrás do bancos de reservas, após o término da partida, quando o Santos venceu por 1 a 0. A árbitra Adeli Mara Monteiro registrou o caso na súmula, reclamando da falta de segurança para atletas e comissões técnicas.

Sem Médico

Quatro jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino foram realizados sem a presença de um médico. Básico, né? Pois é. As súmulas dos jogos, disponíveis no site da CBF, destacam que as seguintes partidas foram realizadas com a ausência da equipe médica: Tiradentes-PI x Vitória-PE, Viana-MA x Botafogo-PB, Mixto-MT x São Francisco-BA e Botafogo-PB x São José-SP.

Chá de cadeira

Dois jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino tiveram atraso acima do normal. O duelo Viana-MA x Botafogo-PB atrasou 20 minutos por falta de policiamento. América-MG x Tiradentes teve atraso de 28 minutos, também pela falta da presença da Polícia Militar.

Campeã da Libertadores faz feio

A Ferroviária foi campeã pela primeira vez da Libertadores de futebol feminino nessa temporada. Mas o time fez feio no Brasileiro. Ficou na última colocação do Grupo 1 da primeira fase e foi punido por escalação de jogadoras irregulares, perdendo oito pontos. E se tem bizarrice no nacional, não pense que a história muda na Libertadores, não. O São José reclamou de falta de comida e luz na Libertadores disputada na Colômbia nesse mês de novembro.

*Esta coluna é semanal e atualizada às quintas-feiras.


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