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Diretora da Santa Casa classificou caso como “falha humana e pontual”
Uma enfermeira e três técnicas de enfermagem da Santa Casa de Franca foram demitidas, após dois bebês serem trocados no hospital.
O erro foi corrigido ainda dentro da unidade, depois que o pai de um dos meninos desconfiou das características do filho e constatou que o nome na pulseirinha não era o da mulher dele.
Em coletiva nesta sexta-feira (27), o diretor técnico da Santa Casa, Marcelo de Paula Lima, classificou o caso como “falha humana e pontual”, destacando que os recém-nascidos estavam com as pulseiras com os nomes corretos das mães, mas as identificações não foram checadas pela equipe de enfermagem.
“A falha foi ela [a técnica de enfermagem] não ter feito a checagem entre as pulseiras da criança e da mãe, que estavam adequadamente descritas e evidentes. Elas não foram checadas e, consequentemente, ela pegou a criança e entregou para a mãe trocada”, afirmou.
“O exame de DNA confirmou que as crianças estavam devidamente identificadas, não houve troca de identificação e, sim, de corpos, que foi corrigido pelo nosso protocolo. A verdade está com a Santa Casa, na maior transparência possível”, disse.
As funcionárias demitidas são, respectivamente, a enfermeira-chefe e duas técnicas de enfermagem do centro de obstetrícia e uma terceira técnica da maternidade. Segundo o diretor do hospital, a partir de agora, as pulseiras de mãe e filho também terão a mesma cor – além das informações pessoais – para facilitar a identificação.
“Hoje, além do número de série de identificação da criança e da mãe, o nome da mãe, a data de nascimento da mãe, nós também vamos adotar o sistema de cores. Então, cada dia se nascem 15 ou 20 crianças no centro obstétrico da Santa Casa de Franca, vamos ter 20 pares de cores diferentes”, explicou.
O caso
Filho da manicure Glaciela Martins Cintra, Kauã nasceu à 0h10 de sexta-feira. Já Iuri, filho da dona de casa Eliane Salviano de Souza, nasceu 13 minutos depois. Os bebês nasceram saudáveis e foram levados à pediatria, onde receberam atendimento e uma pulseira de identificação.
Segundo Eliane, o drama teve início no momento da primeira mamada, quando uma das enfermeiras trocou as crianças ao entregá-las às mães no quarto. No dia do parto, apenas ela e Glaciela estavam internadas.
Eliane contou que o hospital foi avisado sobre a suspeita, mas a hipótese só se confirmou depois que outra funcionária checou a pulseira no braço da criança. Com medo de serem liberadas com os filhos errados, as famílias exigiram que o hospital realizasse os testes de DNA.
As mães passaram cinco dias na unidade e, até que tudo fosse esclarecido, uma amamentou o filho da outra. As famílias foram liberadas com os filhos na terça-feira.