Fumar acelera processo de envelhecimento em mais de 20 anos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 17:34
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:19
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Homens e mulheres que fumam têm biologicamente o dobro da idade dos indivíduos sem o vício

Fumar pode acelerar o
processo de envelhecimento em até duas décadas, revela uma pesquisa inédita.

O corpo humano tem dois estágios diferentes – conhecidos por
cronológico e biológico.

O último refere-se à
idade que o corpo ‘pensa’ que tem – ao invés da idade real associada há quantos
anos a pessoa nasceu.

E agora um estudo que analisou o sangue proveniente de
149 mil adultos concluiu que o organismo dos fumantes de meia idade tem em média
20 anos a mais ao serem comparados
à sua idade cronológica, e em oposição aos indivíduos que não fumam.

Mais de sete em cada
dez amostras provenientes de fumantes com menos de 30 anos foram
categorizadas como estando biologicamente entre os 41 e os 50 anos.

Por outro lado, as idades da maioria dos não fumantes (62%) foram
calculadas com exatidão.

A mesma tendência
foi registrada em indivíduos entre os 31 e os 40 anos, em que as idades de
quase metade (43%) dos fumantes recaíram entre os 41 e os 50 anos.

A autora do estudo,
a professora Polina Mamoshina, disse em declarações ao “Mirror
Online”: “Comparativamente aos que não fumam, os fumantes apresentam um
ritmo de envelhecimento mais acelerado até os 55 anos, independente do sexo”.

Curiosamente, essas
diferenças tendem posteriormente a desaparecer – e até a reverter na maioria
dos indivíduos mais idosos.

A cientista explicou:
“No contexto da idade biológica, isso sugere que o tabaco como um fator externo
de envelhecimento pode estar eventualmente disfarçado pela natureza fisiológica
e intrinsecamente prejudicial do processo de envelhecimento”.

“Alternativamente,
as pessoas mais afetadas pelo tabaco podem ter sofrido uma morte prematura e
daí terem sido excluídas do grupo de fumantes mais velho”.

Os perigos do tabaco são amplamente conhecidos, aumentando o risco de incidência de uma série de doenças,
incluindo câncer, patologias cardíacas, asma e diabetes.

Polina
Mamoshina acrescentou que os resultados publicados no periódico Scientific
Reports descrevem os perigos reais do tabaco.

Pesquisas prévias já demonstraram que a idade
biológica é uma ferramenta mais útil e precisa do que a data de nascimento para se prever quando uma pessoa vai morrer.


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