Frio pode “engordar” e aumentar riscos de doenças do coração

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de junho de 2017 às 06:53
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:14
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Risco de ataque cardíaco aumenta 16 vezes após registro de doenças como pneumonia, gripe ou bronquite

Os francanos devem ficar atentos com a chegada do frio: com a ausência ou diminuição drástica no ritmo de exercícios físicos, a tendência é que as pessoas engordem. Além disso, o risco de problemas do coração também se potencializa neste época do ano.

Os cuidados com o coração são necessários nessa época de frio mais intenso. De acordo com o cardiologista Américo Tângari Júnior, a alimentação pesada, a maior probabilidade de abandono dos exercícios físicos e até mesmo uma gripe favorecem as doenças do coração. “As mortes por enfarte do miocárdio aumentam 30% durante o inverno, segundo estudos feitos em todo o mundo há pelo menos 50 anos”, disse.

Em relação às infecções respiratórias, ele aponta que o risco de ataque cardíaco aumenta 16 vezes após doenças como pneumonia, gripe ou bronquite. Uma das hipóteses para que a exposição a infartos seja maior após o registro de infecções respiratórias é a ocorrência de alterações no fluxo sanguíneo.

Segundo o cardiologista, o frio também pode ser responsável pela contração dos vasos sanguíneos, de acordo com estudos realizados em hospitais paulistas. Isso ocorre porque os receptores nervosos da pele estimulam a liberação dos hormônios adrenalina e noradrenalina, que tem como consequência o estreitamento dos canais de circulação do sangue. “Embora não tão significativo, pode gerar rupturas de placas de gordura no interior das artérias coronárias, que irrigam o coração”, alerta.

No inverno, alimentos mais calóricos são consumidos como uma “necessidade para manter o corpo aquecido”. O médico destaca que o problema, no entanto, é que essa prática vem associada a um menor ritmo de exercícios físicos. “A pessoa deve manter no inverno a frequência, o volume e a intensidade da atividade física costumeira”, indica.

Além dos cuidados de prevenção e avaliação médica, especialmente de quem tem histórico familiar ou tem hipertensão, é importante manter uma alimentação saudável, evitando excesso de gordura e sal. 


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