Franca entra em estado de alerta após 3,3 mil casos suspeitos de dengue

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de março de 2019 às 16:41
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:26
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Cerca de 400 pacientes com sintomas da doença procuram a rede pública todos os dias na cidade

Enfrentando epidemia de
dengue, Barretos e São Joaquim da Barra são os municípios com mais vítimas da
doença na região: 1.596 e 1.181, respectivamente. Entretanto, o número de
suspeitas em Franca também preocupa as autoridades de Saúde.

Até quinta-feira,
14 de março, a cidade registrava 3.319 notificações e, segundo o secretário
municipal da Saúde, José Conrado Neto, em média 400 pacientes procuram as
unidades básicas e prontos-socorros todos os dias com sintomas da doença. “Com
a entrada do sorotipo 2, a pessoa que já pegou o sorotipo 1 pode ser infectada
novamente e ocorrer um agravamento dos sintomas. Por isso, a nossa preocupação
em dar o atendimento prioritário a essa população”, afirma.

Franca criou salas exclusivas
a pacientes com suspeita de dengue nas 21 unidades de saúde.

Nesses locais, os moradores
são medicados e recebem hidratação intravenosa. Antes, era preciso se descolar
até o Pronto-Socorro Álvaro Azzuz. “Os agentes de controle de vetores estão
trabalhando de domingo a domingo. Temos entrando nas casas, orientado a
população e eliminado os criadores do mosquito. Sem essa parceria com a
população, a gente não consegue vencer o mosquito”, diz Conrado Neto.

Desde janeiro, Franca soma 370
casos confirmados de dengue, quase o dobro do que foi registrado em todo o ano
passado, quando 200 moradores foram diagnosticados com a doença, segundo dados
da Secretaria Municipal da Saúde.

Uma das pacientes que foi
infectada pelo vírus este ano é a balconista Luci Matos, que mora no Jardim Demínio,
bairro com maior incidência. “Estou sentindo muita dor no corpo, coceira. Isso
deixa a gente muito irritada. Estou muito preocupada com essa situação”, diz.

O gerente comercial Valdinei Moreira também foi
diagnosticado com a doença há uma semana e ainda sofre com os sintomas: febre
alta, dor de cabeça e dores pelo corpo. Moreira destaca que a dengue não é um
problema apenas público, mas de toda a sociedade. “Cada um tem que ter a
consciência que o mosquito tem asa e voa, e pica qualquer um. Então, cuidem do
jardim, porque isso é um problema social, de todos nós. Quem não cuida pode ser
a próxima vítima. A gente tem que fazer a nossa parte”, afirma.


+ Saúde