Franca e Ribeirão, juntas, têm crescimento de 5,4% em fraudes e furtos de energia

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de julho de 2018 às 08:31
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:52
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No 1º semestre deste ano, CPFL identificou 2.018 irregularidades nos dois municípios

​Em  Franca e Ribeirão Preto, o número de fraudes e furtos na rede elétrica cresceu 5,4% em um ano, segundo a CPFL Energia. No primeiro semestre de 2018 ante o de 2017, a concessionária registrou um aumento de irregularidades, passando de 1.913 para 2.018 casos.

Ribeirão Preto registrou 1.560 ocorrências entre 5.385 inspeções realizadas – aproximadamente uma irregularidade encontrada a cada quatro inspeções executadas. Entretanto, em 2017, o número foi maior. Houve 1.733 ocorrências, mas 7.441 inspeções realizadas (2.056 a mais).

Em Franca, no ano de 2018, a companhia registrou mais crimes. De 1.574 inspeções, 458 irregularidades foram encontradas, 278 a mais que em 2017.

No primeiro semestre deste ano, considerando as cidades de Ribeirão Preto e Franca, foram recuperados um volume de 4.843 MWh de energia furtada. Isso seria suficiente para abastecer uma cidade do porte de Itaju (3,5 mil habitantes) ou 2.691 famílias compostas por até quatro pessoas pelo período de um ano.

Segundo o diretor da CPFL Energia, Roberto Sartori, os investimentos em inteligência no monitoramento têm sido grande aliado na identificação das fraudes e furtos de energia nas redes da distribuidora. “A integração com os órgãos públicos e autoridades policiais também tem sido fundamental nessas operações”, afirma.  

Furtos e fraudes são considerados crime

As fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção. Além disso, para os fraudadores também são cobrados os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o roubo, acrescidos de multa.

Além de crime, as irregularidades contribuem para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores. Isso ocorre porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhece nas chamadas “perdas comerciais”, como são denominados os furtos e as fraudes no jargão do setor elétrico, uma parcela do prejuízo da distribuidora com o valor da energia furtada e dos custos para identificar e coibir as irregularidades.

Outra consequência negativa dos furtos e fraudes de energia é a piora na qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento de energia.

Consumidores que adotam esta prática, popularmente conhecida como “gato”, também estão colocando em risco as suas vidas e da população. Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais.


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