Facebook permitirá que usuários apaguem histórico de navegação

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 1 de maio de 2018 às 22:27
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:42
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Mark Zuckerberg informou que a nova ferramenta se parece com as existentes nos navegadores

Facebook anunciou na última terça-feira,
1º de maio, que permitirá que os usuários saibam que sites ou
aplicativos enviam informações para a rede social, dando opção também para
apagar esses dados e impedir que o histórico de navegação seja armazenado.

O fundador do Facebook, Mark
Zuckerberg, antecipou o lançamento da ferramenta “Clear History”
(“Apagar Histórico”), que estará disponível nos próximos meses,
durante a conferência anual de desenvolvedores da rede social, a F8, realizada
na Califórnia.

Ao contrário de outros anos, quando
falou de realidade aumentada e inteligência artificial na abertura da F8,
Zuckerberg focou em repassar as medidas tomadas pela plataforma sobre
privacidade.

O Facebook está sob escrutínio
público desde março, quando o escândalo envolvendo o vazamento de dados de 87
milhões de usuários para consultoria britânica Cambridge Analytica foi
revelado.

Tanto Zuckerberg quanto o
diretor de Privacidade do Facebook, Erin Egan, anteciparam que o “Clear
History” é uma iniciativa que atende às exigências de usuários,
especialistas e reguladores. “Os aplicativos e sites que usam
ferramentas como o botão de ‘like’ ou o Facebook Analytics nos enviam
informações para produzir conteúdos e anúncios melhores. Também as utilizamos
para fazer a experiência do Facebook melhor”, informouu Egan.

Zuckerberg disse que a ferramenta que
será lançada pela rede social se parece com as existentes nos navegadores de
internet, que permite apagar o histórico de sites visitados. No entanto,
o fundador da plataforma alertou que utilizar o “Clear History” pode
piorar a experiência do usuário. “Será uma simples ferramenta de controle
para apagar o histórico de navegação no Facebook: no que você clicou, as
páginas que visitou e mais”, descreveu o empresário.

O fundador da rede social revelou
que, enquanto testemunhava no Congresso dos EUA sobre a polêmica com a
Cambridge Analytica, percebeu que não tinha respostas suficientemente claras
para algumas perguntas sobre os dados dos usuários.

Com a nova opção, os usuários poderão
eliminar parte das informações que o Facebook armazena sobre eles. No entanto,
a plataforma continuará fornecendo aos aplicativos e sites associados
dados para que eles possam analisar, por exemplo, o grupo demográfico no qual
são mais populares.

Zuckerberg também voltou a falar
sobre medidas para proteger a integridade de futuras eleições. O Facebook
passou a requerer a identidade de anunciantes que fazem anúncios políticos e
contratará até o fim do ano mais de 20 mil pessoas para revisar
conteúdos. 


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