Exportação de café tem queda registrada de 9% no mês de fevereiro

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de março de 2018 às 13:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:36
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A variedade com melhor inclusão no mercado externo foi o café arábica, com 89,1% do total de exportações

Em fevereiro, o
Brasil exportou 2.355.660 sacas de café com índice 9,1% menor em relação
ao mesmo mês em 2017. A receita cambial foi US$ 377.240 mil, conforme
informações divulgadas nesta sexta-feira, 09 de março, pelo Conselho dos
Exportadores de Café (Cecafé).

No acumulado dos dois primeiros meses do ano observou-se que as
sacas exportadas de 5.040.781 unidades tiveram redução de 3,8%, em relação ao
ano passado, quando a receita cambial alcançou US$ 807.983 mil.

O relatório do Cecafé também mostra um decréscimo de 9,4% no
preço médio do produto que neste ano foi US$ 160,14, ante US$ 176,78, conforme
os dados de fevereiro de 2017 e 2018.

O presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, disse que os
resultados verificados estão normais, e que as exportações “mais
modestas” não rebaixam o país quanto à sua boa colocação no mercado
mundial. “Temos que levar em conta que fevereiro foi um mês mais curto, o
que inevitavelmente afeta as exportações. Nossa expectativa é que o mercado
continue neste ritmo até a entrada da nova safra, em julho, quando estimamos um
possível incremento nas exportações”.

Segundo Nelson Carvalhares pode-se verificar um tímido
crescimento nas exportações de cafés robusta e uma recuperação dos embarques de
cafés diferenciados, que atingiram 942.326 sacas nos primeiros dois meses deste
ano, um crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. “O
volume pluviométrico tem favorecido grandemente a produção de café e deve
impactar positivamente as exportações a partir do início da nova safra.

A variedade com melhor inclusão no mercado externo foi o café
arábica, que representou 89,1% da quantidade total de exportações (2.099.196
sacas), seguido pelo solúvel com 10% (236.340 sacas) e robusta com 0,9% (20.100
sacas). Neste ano, os principais importadores do café brasileiro têm sido a
Alemanha e os Estados Unidos, que adquiriram 18,5% (933.606 sacas) e 17,2%
(866.299 sacas) dos grãos produzidos.

Em terceiro lugar no ranking, vêm a Itália, com 11,2% do valor total
exportado (562.363 sacas). Juntamente com o Canadá, o país europeu foi marcado,
nos dois primeiros meses deste ano, por uma expressiva alta em sua demanda. As
exportações para a Itália cresceram 13,78% no período, enquanto o Canadá,
atualmente em 8º lugar na lista, registrou aumento de 26,8%.

No que diz respeito à logística, o relatório destaca o Porto de
Santos como principal ponto do qual partem as mercadorias levadas ao exterior,
concentrando 85% (4.284.484 sacas) do volume, e, em seguida, o Porto do Rio de
Janeiro, com 10,8% dos embarques (543.775 sacas).

Diferenciados

No primeiro bimestre deste ano, a venda de cafés diferenciados
alcançou 942.326 sacas, correspondentes a 18,7% do total de café exportado. Em
relação ao mesmo período de 2017, a porção representou um crescimento de 25%.
Os principais destinos no período foram: Estados Unidos (246.244 sacas), Alemanha
(133.510 sacas), Bélgica (102.051 sacas), Japão (90.224 sacas) e Reino Unido
(64.683 sacas).


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