Café exportado aos países árabes cresceu 30%: Líbano liderou compras

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de agosto de 2017 às 17:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:18
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Vendas avançaram de janeiro a julho sobre mesmos meses de 2016: receita foi para US$ 112 milhões

​As vendas de café do Brasil aos países árabes avançaram 29,7% em valores nos primeiros sete meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (09) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e mostram que os cafeicultores brasileiros tiveram receita de US$ 112 milhões com o envio de café ao mercado árabe de janeiro a julho, contra US$ 86,3 milhões em iguais meses de 2016.

Em volume, o crescimento da exportação a países árabes foi de 1,2%. Enquanto nos primeiros sete meses deste ano o Brasil enviou à região 653,2 mil sacas de 60 quilos, em iguais meses do ano passado os embarques somaram 645,1 mil sacas.

O país árabe que mais importou café do Brasil foi o Líbano, com compras de US$ 29,8 milhões, seguido pela Síria, com US$ 20,4 milhões, pela Jordânia, com US$ 14,6 milhões, por Arábia Saudita, com US$ 12,9 milhões, e Emirados Árabes Unidos, com US$ 10,2 milhões. Também importaram café brasileiro de janeiro a julho Argélia, Djibuti, Líbia, Egito, Tunísia, Sudão, Marrocos, Omã, Catar, Kuwait, Iraque, Bahrein, Ilhas Comores e Iêmen.

Em geral, a comercialização internacional do café brasileiro avançou 7,2% em valores e ficou em US$ 2,9 bilhões de janeiro a julho. Mas houve queda de 8% na quantidade embarcada, para 16,7 milhões de sacas. O movimento não foi reflexo apenas de preços maiores, mas de exportações mais fracas. O preço médio do café exportado pelo Brasil avançou no período em 16,5%, de US$ 147,8 a saca de 60 quilos para US$ 172,25.

Em julho, individualmente, o Brasil exportou 1,7 milhão de sacas de café, o que gerou receita cambial de US$ 283,4 milhões. O café verde representou a maior quantidade do produto vendido no mercado internacional, com 1,5 milhão de sacas, e suas vendas externas recuaram 8,1% sobre o mesmo mês de 2016.

Em material divulgado pelo Cecafé, o presidente da entidade, Nelson Carvalhaes, atribuiu a queda dos volumes ao fato de os estoques de passagem estarem em níveis reduzidos. “Além disso, a nova safra entrou em velocidade reduzida, enfraquecendo a oferta”, disse. Carvalhaes espera, no entanto, que até setembro a exportação retome os níveis normais em função da entrada da colheita, ainda que lentamente, no mercado.

Apesar das exportações para o mercado árabe virem crescendo, a região não está no topo da lista de destinos do café brasileiro. De janeiro a julho, os Estados Unidos compraram a maior quantidade do produto do Brasil, com 20% do total. A Alemanha respondeu por 17,5% das compras, seguida pela Itália, com 9%, por Japão, com 7,1%, e por Bélgica, com 6%. O Cecafé destacou o avanço das vendas para a Turquia (43%) e Rússia (15,8%).


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