Exercício físico é grande aliado no tratamento do câncer de mama, diz médico

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  • Publicado em 4 de outubro de 2017 às 11:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:22
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Atividade física diminui fator de risco e libera boas substâncias, evitando inclusive reaparecimento da doença

Uma
vida longe do sedentarismo é o ideal para manter a saúde em dia. Além dos
benefícios estéticos, o exercício físico é aliado na prevenção e tratamento do
câncer de mama. De acordo com o oncologista do Complexo Hospitalar Edmundo
Vasconcelos, Emerson Neves dos Santos, esse hábito também é capaz de evitar o
reaparecimento da doença.

Essa
relação positiva está diretamente ligada à capacidade da atividade física
diminuir um fator de risco e liberar boas substâncias no organismo, como
explica o médico. “O exercício diminui a chance de obesidade, que é um
fator de risco, e libera substâncias anti- inflamatórias, que ajudam a inibir
que a doença volte”.

Estudo
da revista científica JAMA, da Associação Médica Norte-Americana, com dados
referentes a 12 outras pesquisas, as quais englobam 1,44 milhão de pessoas,
indicou que quem mais se exercita, apresenta menor percentual de câncer, entre
eles, o de mama.

Dr.
Emerson salienta que é indicada a prática durante e após o tratamento, porém,
tudo depende do paciente. Em casos do uso de quimioterapia e radioterapia, é
comum que a pessoa esteja debilitada e não possa iniciar os exercícios. Já nos
casos de hormonioterapia, terapia que evita o crescimento da célula cancerígena
pelo estímulo dos hormônios, ajuda a evitar os efeitos colaterais.

Apesar
de ser um período mais delicado, não há contraindicação em relação ao tipo de
exercício escolhido. Segundo o médico, é preciso orientação de um profissional
de educação física e acompanhamento periódico nas áreas cardiológicas, pulmonares
e renais. A única limitação é para as mulheres que retiraram os linfonodos,
gânglios responsáveis pela drenagem linfática do corpo.

“Há
uma limitação para quem tira os linfonodos, que ficam embaixo do braço. Nestas
mulheres, caso haja uma sobrecarga, ocorre o que chamamos de linfedema, que é o
inchaço dessa área. Por isso, são indicados apenas exercícios mais leves”,
complementa o oncologista.