Excesso da tecnologia prejudica o dia a dia e influencia até na saúde

  • Entre linhas
  • Publicado em 14 de agosto de 2018 às 17:50
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:56
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Psicóloga indica até um tratamento de choque para quem não consegue se desligar da tecnologia

Uso excessivo da tecnologia já pode ser visto desde cedo

Você sabe quantas horas por dia fica em frente ao computador ou usando o smartphone e tablet? Se a resposta for surpreendente, você não está sozinho. São tantos os momentos em que as pessoas ficam conectadas que contabilizá-los parece impossível. Não para a agência Internacional We Are Social, que analisou a quantidade de tempo que o brasileiro passa frente a essas tecnologias. Dentre a rotina de trabalho e de lazer, nove horas do dia são gastas em interação com as telas. Não há nada de errado em conciliar tarefas diárias com a conferida nas postagens dos amigos. “O problema é quando a distração se torna a ocupação principal e prejudica o rendimento”, diz a psicóloga Clarissa Freitas.

Já que esse hábito veio para ficar, é importante discutir as melhores formas de usufruir da tecnologia. A primeira é não virar escravo dela. Isso porque o número de pessoas que desenvolvem dependência digital não para de crescer. “O problema é tão grave que existem até grupos de apoio para quem não consegue ficar sem usar o smartphone”, observa.

Para que isso não ocorra, ela indica o policiamento do tempo em que se passa em frente às telas. “Não troque momentos de socialização pela companhia da tecnologia. Apesar de divertido, os famosos likes não proporcionam boas risadas como um jantar com amigos. A vida acontece aqui fora, por mais colorida e feliz que possa parecer uma timeline”.

A saúde também deve ser preservada. O uso exagerado do smartphone pode fazer mal à saúde. Segundo um estudo feito pelo Centro Médico de Cirurgia Espinhal e Reabilitação, de Nova Iorque, um novo problema de coluna vem se tornando comum por conta da má postura ao checar os smartphones. Chamado de “Text Neck”, ele é desenvolvido por conta da inclinação do pescoço, que pode sofrer uma carga de até 27 quilos a mais do que o natural, toda vez que a pessoa dá aquela checada no celular – cerca de 78 vezes por dia. Esse excesso de peso leva à perda da curva natural da cervical e o desgaste precoce da coluna.

Outros problemas podem ser desenvolvidos por causa do uso excessivo dos smartphones, como insônia, dores de cabeça e visão borrada.

Como virar o jogo

A psicóloga indica até um tratamento de choque para quem não consegue se desligar da tecnologia. Entre suas dicas constam desabilitar as notificações do aplicativo de e-mail, Instagram, Facebook, Twitter; silenciar as conversas nos grupos mais ativos no WhatsApp; procurar aumentar o intervalo de tempo entre as verificações de novas mensagens; evite manter uma aba aberta no navegador para sites que possam comprometer a sua concentração; e somente habilite o chat do Facebook para um contato específico. “É importante ter cuidado com o que se compartilha na rede. Assim como a tecnologia presta um serviço de utilidade pública, ela pode ser uma ferramenta de promoção para pessoas mal intencionadas”, pondera Clarissa, acrescentando ser isso que acontece quando uma notícia falsa é jogada na rede. As pessoas tendem a acreditar em tudo que leem, e, muitas vezes, colaboram, por descuido, com o compartilhamento de notícias e informações falsas.

Para evitar que isso aconteça, basta seguir algumas dicas para checar a veracidade do conteúdo: pesquisa se diferentes fontes estão falando sobre o assunto; leve em conta a credibilidade de quem publicou as informações; desconfie de informações tendenciosas e extremistas; cheque a data e o contexto da publicação e não compartilhe conteúdos apenas pelos seus títulos, você deve lê-los até o fim.

NO FOCO

Clarissa Freitas – Psicóloga

CRP 06/9014

Telefone (16) 9.98431-7728