Ex-prefeita Dárcy Vera condenada a 18 anos por propina de R$ 7 milhões

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de setembro de 2018 às 07:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:59
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Dárcy, que administrou Ribeirão Preto, é o principal alvo da Operação Sevandija

A 4.ª Vara Criminal da Justiça de Ribeirão Preto condenou nesta quarta-feira, 5, a ex-prefeita Dárcy Vera a 18 anos, nove meses e dez dias de reclusão. Outras seis pessoas também foram condenadas.

Todos os réus são alvo da Operação Sevandija  que mirou esquema de corrupção e desvios por meio de contratos com fornecedores.

Segundo a denúncia, a ex-prefeita recebeu R$ 7 milhões do esquema que desviou R$ 45 milhões da prefeitura.

Em sua decisão, o juiz Lúcio Ferreira diz que Dárcy Vera “era a ordenadora das despesas da prefeitura” e que, em tal condição, qualquer “saída de dinheiro dos cofres públicos precisava contar com sua concordância”.

A sentença também proíbe a ex-prefeita de ocupar ou concorrer a cargo público pelo prazo de cinco anos.

Presa pela primeira vez de dezembro de 2016 na Operação Mamãe Noel, segunda fase da Operação Sevandija, Dárcy, na ocasião, foi afastada do cargo e denunciada por corrupção passiva, peculato e associação criminosa. Dias depois, no entanto, ela obteve um habeas corpus.

Em maio do ano passado, a ex-prefeita foi detida novamente e, atualmente, está na penitenciária de Tremembé (SP).

Dárcy foi a primeira prefeita eleita em Ribeirão Preto, em 2008 – na ocasião, era filiada ao DEM.

Quatro anos depois, reelegeu-se, agora pelo PSD, sigla que adotou em 2011. Radialista de profissão, Dárcy era conhecida em Ribeirão Preto pelo uso frequente da cor rosa – nas roupas e também em veículos de campanha.

Antes de assumir o executivo municipal, foi vereadora por quatro mandatos. Também elegeu-se uma vez deputada estadual.


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