Estudo da USP analisa 2 mil anos de história das chuvas no Brasil. Veja como

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de julho de 2018 às 14:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:52
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Períodos extremos estão mais frequentes e mudanças climáticas mais aceleradas

A impressão que nós temos é de que nos últimos anos tem chovido menos, com secas mais prolongadas. Mas e se olharmos lá atrás o comportamento da chuvas em nosso país? É o que uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) tem demonstrado ao analisar dois mil anos da história das chuvas. 

Sobre esse assunto, o Brasil Rural conversou com o físico e pesquisador do Instituto de Geociências da USP, Valdir Novello. Segundo ele, pela composição química das rochas nas cavernas é possível saber quais foram os períodos mais secos e os mais úmidos. 

“Quando a gente olha pro passado, a gente vê que muitas variações climáticas, tanto para o mais úmido, quanto para o mais seco, ocorreram. Mas isso é normal, o clima tá em constante mudança. Agora, com a influência humana, com os gases do aquecimento global, essas mudanças naturais que ocorrem no clima tendem a acelerar. Então, é difícil traçar um panorama do que vai acontecer. O que é certo é que os padrões de chuva estão mudando mais rápido por causa do homem. O que é esperado é que ocorram mais extremos: anos bem mais chuvosos que os normais e mais secos também”, analisa o pesquisador.

Na entrevista, Novello comenta também os períodos de seca ao longo da história no nordeste. De acordo com ele, a propabilidade é de ficar ainda mais seco. 

Ouça na íntegra:


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