Estado não faz licitação e deixa 42 crianças com deficiência desassistidas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de março de 2018 às 18:13
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:38
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Cuidadores que atuavam nas escolas públicas estaduais estão ausentes desde segunda-feira

​Pais de estudantes da rede pública estadual que possuem necessidades especiais procuraram a Polícia Civil e o Conselho Tutelar de Franca para denunciar que, desde a última segunda-feira, os cuidadores, responsáveis pelos alunos, estão ausentes das escolas.

O caso foi parar na Defensoria Pública e na Secretaria de Estado da Saúde e poderá acabar na Justiça. 

Os pais estão inconformados com a situação, uma vez que os estudantes não têm condições de frequentar as aulas sem os cuidadores.

Na semana anterior, os cuidadores disseram aos pais que haveriam dispensas, mas não precisaram o tamanho do problema. 

A justificativa para os desligamentos é que os contratos para a prestação deste serviço venceram e não foi feita nova licitação pelo Estado com este objetivo.

As escolas afetadas, segundo a denúncia, são Professor Roberto Scarabuci, Professor Agostinho Lima de Vilhena e Homero Alves. 

Um dos pais indignados é o ex-presidente da APAE de Franca, Erismar Tanja, cuja filha de 15 anos possui limitações físicas. 

Ela é aluna do primeiro ano do ensino médio. “Não correram atrás para fazer a licitação”, disse.

O atendimento a esses alunos não é opcional e está previsto no ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. 

A Diretoria Regional de Ensino afirmou que os supervisores estão nas escolas para averiguar o que poderá ser feito no caso de cada aluno que está desassistido atualmente.


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