Especialista aponta quais são os comportamentos do novo consumidor brasileiro

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  • Publicado em 29 de julho de 2017 às 14:08
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:17
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Relevância significa identificar tendências e incorporá-las em estado de evolução constante

Por
conta de diversos fatores, os consumidores estão mais seletivos e o
comportamento muito mais do que outrora, está voltado para onde e como investir
melhor o dinheiro que ganham. É claro que a crise tem um papel importante neste
cenário. O mais barato deu lugar para o que, agora, é melhor para todos.

Segundo
Gabriel Rossi, professor da ESPM e especialista em marketing, as marcas
precisam acompanhar esta mudança no padrão do consumo. “ Não basta ser
diferente, é necessário evoluir e entender que nada mais é garantido. O novo
consumidor agora quer ser surpreendido e ser levado para novos territórios”,
destaca.

Atualmente,
as pessoas desenvolvem suas próprias características, reconstroem uma
identidade. O sentido de liberdade também mudou não está mais no físico e sim
na mobilidade que o bem recém adquirido proporciona. Afinal, hoje, consumir é
mais ser do que ter.

Os
consumidores optam por permanência tanto a respeito de temas importantes como
também os triviais, pois é dessa forma que ele se sente representado. “ As
pessoas mantêm expectativas por futuras utilidades que chegam como forma de
criatividade, inovação, confiança e liderança”, revela Rossi.

A
questão referente a classe social também é alterada e pode ser observada pelos
padrões de consumo, porque é algo não mais determinado por diferença de classe,
mas sim por afinidade e pessoalidades. O verdadeiro aspiracional do brasileiro
é a mistura de influencias ao que se dá o nome de consumo transversal.

Antes,
era comum as empresas separarem as pessoas por meio das gerações a que elas
pertencem, entretanto a tecnologia e as mudanças culturais e sociais minaram
esse processo.

A
segmentação que se faz agora é por grupos que dividem hábitos e estilo de vida
semelhantes. Isso é um fator de grande importância, especialmente para gestores
e empresários, que devem notar essa macrotransição da sociedade e transformar
seus negócios para trabalhar dessa maneira”, aconselha o professor de
Marketing.

O
setor de luxo é um ótimo exemplo da ruptura que passa o consumo contemporâneo.
Diferente do passado, luxo nos dias atuais está presente na simplicidade,
precisão, racionalidade e experiências autenticas. “Ter tempo, ser discreto,
alimentar o intelecto e a busca pelo custo e benefício aliados ao silêncio.
Ostentar começa a ser cafona. O novo luxo busca riqueza inteligente, aquela com
significado. Esse consumir sai do egosistema e pensa no ecossistema”, afirma
Gabriel.

Relevância
significa identificar tendências e incorporá-las em estado de evolução
constante, as tendências que nortearão diferentes mercados e como elas podem
ser aproveitadas no contexto de qualquer negócio. “Ser relevante,
definitivamente, não é questão de escolha para as marcas”, conclui o professor
de marketing.


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