Espaço Moda Franca têm queda de 38,8% em volume de negócios

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 12:07
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:20
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Calçadistas fecharam feira com R$ 286,5 mil em vendas – número de visitantes e países importadores também caiu

Um relatório divulgado pelo
Sindicato da Indústria Calçadista de Franca (Sindifranca) aponta uma queda de
38,8% no volume de negócios firmados por empresários do setor no Espaço Moda
Franca na Couromoda, realizada este mês em São Paulo.

O estande coletivo que concentrou 20 indústrias de
pequeno e médio porte do município assinou R$ 286,5 mil em vendas, diante de R$
468,3 mil em 2018.

Uma
das maiores feiras de sapatos e acessórios da América Latina, a Couromoda não
só dita tendências de moda das estações outono e inverno, como também
serve de termômetro para o cenário econômico que os empreendedores vão enfrentar nos
meses seguintes.

Em
2018, o segmento calçadista atingiu seu pior nível de emprego desde 1997.

Em um comunicado, o presidente
do Sindifranca, José Carlos Brigagão, colocou questões como a compra antecipada
de lojistas, as vendas pela internet, as feiras regionais, o tamanho da feira e
o cenário de recessão econômica como possíveis fatores para o resultado. “Embora
tivéssemos grandes expectativas de bons negócios para o início de 2019, na tão
esperada feira, a realidade não se concretizou conforme esperávamos. Assim, as
vendas deste ano foram mais baixas se comparadas com os resultados de
2018”, declarou.

O balanço não inclui números
de todas as empresas de Franca a exporem na feira. Segundo o Sindifranca, ao
mesmo tempo em que houve relatos pessimistas, houve expositores que relataram
vendas regulares e boas.

A
direção da Couromoda confirmou um aumento de 5% na visitação registrada entre
os dias 14 e 17 de janeiro, com 31 mil pessoas. 

Queda nos negócios

A queda no volume de negócios, segundo o balanço, vem
acompanhada de reduções em sapatos vendidos, visitantes, países importadores e
no próprio recuo de participantes no estande coletivo ao longo dos últimos
anos. O espaço, que já chegou a representar 70 empresas, como em 2016, foi à
feira com 20 expositores.

No total, as empresas fecharam
em torno da metade dos pedidos de produção de 2018, com um total de 3.098
pares.

O total
de países representados nos negócios firmados baixou de 14 para 6 – Bolívia,
Chile, Costa Rica, Equador, Peru e Uruguai – sem nenhum representante asiático
ou europeu, como na edição anterior, com compradores de países como Cingapura,
Emirados Árabes, Índia e Inglaterra.


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