Entidades passam sufoco, mas Carnaval do ano que vem já está garantido

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de outubro de 2017 às 05:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:24
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Prefeitura lança oficialmente Carnaval do ano que vem; pagamentos para as entidades não sai

​Diversão é importante para qualquer comunidade e os desfiles de escolas de samba durante o Carnaval fazem parte disso, pois agradam a significativa parcela da população. A festa tem seu valor e merece reconhecimento e apoio – dentro do possível – do poder público.

Com este raciocínio, a Prefeitura lançou, no último domingo, o Carnaval do ano que vem com a apresentação de sete escolas de samba no Parque Vicente Leporace: Embaixadores da Estação, Águia Dourada, Aliados da Santa Cruz, Leões da Zona Sul, Acadêmicos da Zona Sul, Filhos de Gandhi e Ases do Ritmo.

O questionamento que fica é outro. A festa foi anunciada com incrível antecedência de quase quatro meses, um recorde em se tratando da atual administração – e até das anteriores. Esta priorização dos desfiles de Carnaval e essa eficiência do governo deveriam ser sentidas também em outras áreas, como no relacionamento com as entidades assistenciais.

Por exemplo: Gilson simplesmente não se manifesta quanto às emendas impositivas prevista para o orçamento municipal deste ano, feitas pelos vereadores na legislatura passada. Segundo a Secretaria de Finanças, em recente audiência pública, falta pagar em torno de R$ 6 milhões – o que não deverá acontecer mais visto que o ano está acabando.

A justificativa de Gilson e seu jurídico é que as entidades não apresentaram projetos compatíveis com a Lei Federal 13.019 ou deixaram de apresentar documentação necessária para poder receber.

Uma das que não recebeu é a Pastoral do Menor, que oferece atendimento para 150 crianças, oriundas de famílias de baixa renda, no Jardim Aeroporto III. Já houve protesto até na Prefeitura..

As emendas para o ano que vem, em torno de R$ 9 milhões, também foram vetadas pelo prefeito Gilson de Souza, mas o Poder Legislativo derrubou o veto, cabendo a ele agora se programar e pagar ou entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – o que parece mais provável.

Fica a pergunta no ar: o que têm de tão especial as escolas de samba, que merecem atenção e dedicação do governo, que não possuem as entidades assistenciais?


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