Entender baixa hormonal que transforma o corpo, é o segredo do bem-estar

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  • Publicado em 11 de novembro de 2015 às 00:09
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:30
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Sintomas da menopausa acometem 70% das mulheres entre 45 e 55 anos, mas é possível ter qualidade de vida

Ondas de calor excessivo, palpitações, sintomas urogenitais, fadiga, tonturas, suores noturnos, distúrbios do sono, depressão, irritabilidade, irregularidade menstrual, diminuição da libido, entre tantos outros, acometem cerca de 70% das mulheres entre 45 e 55 anos, ocasionados pela parada do ciclo de ovulação e consequente parada dos ciclos menstruais. A menopausa é o nome que se dá à última menstruação, que ocorre nessa faixa etária.

Neste período, a mulher necessita entender os sintomas que estão modificando sua vida, para tanto, é preciso procurar orientação e o acompanhamento de um ginecologista. Ainda mais porque, segundo especialistas, o início da menopausa pode ocasionar interferência no relacionamento familiar e conjugal, uma vez que, desconhecendo os sintomas relacionados com a baixa hormonal, muitos filhos e maridos interpretam as mudanças que estão ocorrendo, como desinteresse e exageros.

Para entender os sintomas e como lidar com eles, é preciso procurar um especialista

Mais que se deparar com situações delicadas com seus familiares, o corpo dessa pessoa passará a ter impactos indesejados: alterações do metabolismo podem levar a ganho de peso, aumento do índice de massa corpórea e de gordura localizada e consequente aumento do sedentarismo. Por isso, quando a mulher chegar a essa idade, precisará buscar  novos hábitos. As necessidades calóricas nessa fase serão menores, portanto a mulher deverá se programar para gastar essas calorias extras.

QUALIDADE DE VIDA

Não bastassem as alterações físicas, as emocionais têm repercussão muito importante na qualidade de vida. A produção de serotonina, (neurotransmissor responsável pela comunicação entre as células do cérebro), diminui, ocasionando um desequilíbrio emocional, aumentando muito o risco de depressão situacional, em graus variados. Por conta disso, especialistas alertam ainda que os cuidados deveriam ser instituídos de forma preventiva na fase pré-menopausa, através de uma dieta balanceada, complementada por exercícios físicos e exames periódicos. Essa preparação deve ser iniciada quando elas começam a experimentar os primeiros sintomas da menopausa. Conhecido como perimenopausa, esse estágio inicia por volta dos 40 anos, mas pode começar mais cedo, até mesmo na terceira década de vida. 

ESTIMATIVAS

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, em 2030, cerca de 1,2 bilhões de mulheres terão mais de 50 anos, número três vezes maior do que em 1990. Por conta disso, o acesso às informações referentes à menopausa e suas consequências é de extrema importância, já que devido ao aumento da expectativa de vida, a maioria das mulheres deverá viver um terço de suas vidas em estado de deficiência estrogênica, ou seja, em período pós-menopausa. Mas é possível ter qualidade de vida com a chegada da menopausa. Inclusive, as mulheres devem ser proativas em relação à própria saúde e trilhar todos os passos necessários para minimizar os efeitos colaterais da menopausa antes que eles apareçam. 

Confira a seguir algumas dicas importantes para assegurar o bem-estar nesta fase delicada: 

 Praticar atividades físicas ajuda a prevenir o ganho de peso típico da menopausa. Não espere ela chegar para começar um programa de exercícios. Comece o quanto antes! Assim você tem mais facilidade para perder os quilinhos a mais; 

 Faça exercícios de fortalecimento da musculatura para manter os ossos fortes e reduzir o risco de fraturas. É prudente buscar orientação específica para adequar o tipo e a carga de exercícios mais adequada para cada mulher; 

Exercícios de alongamento e fortalecimento muscular são essenciais nessa fase de vida da mulher

 Segundo os especialistas, mulheres em pré-menopausa (45 a 55 anos, em média) devem consumir de 1.000 a 1.200 mg de cálcio por dia e, em pós-menopausa (após os 65 anos, em média) até 1.500 mg. Para suprir as necessidades, é importante adotar uma dieta balanceada em alimentos ricos em cálcio. O leite e derivados são as fontes que possuem maior biosdisponibilidade de cálcio. 

 Caso não consiga atingir a quantidade recomendada pela alimentação, considere utilizar suplementos. Hoje já existe no mercado tabletes mastigáveis que associam cálcio e vitamina D. A vitamina D garante maior absorção de cálcio para o organismo, além disso, o suplemento é desenvolvido com uma tecnologia exclusiva que libera micropartículas de cálcio no estômago, o que facilita a sua dissolução e reduz os incômodos gastrointestinais comuns aos cálcios em comprimidos tradicionais. A indicação é que sejam consumidos de um a dois tabletes por dia, o que corresponde a 40% ou 80% da ingestão diária de cálcio que é recomendada. 

 Desafie seu cérebro com exercícios de memória, palavras cruzadas e outros tipos de jogos de raciocínio. Isso pode ajudar a diminuir o risco de perda de memória durante a pós-menopausa; 

 Desenvolva bons hábitos de sono. A falta de sono em si pode contribuir para a confusão mental e baixa libido, problemas frequentemente associados à menopausa; 

Dormir bem é uma das chaves para se ter qualidade de vida na menopausa

 Discuta com o médico os prós e contras do uso da terapia de reposição hormonal. Ela não é recomendada para mulheres em situação de risco para câncer de mama, trombose ou doença cardíaca; 

 Mantenha uma dieta rica em frutas e verduras, limitando o uso de alimentos industrializados. Gorduras saudáveis como o salmão, o abacate e o azeite de oliva ajudam a manter os cabelos e a pele saudáveis.

Manter uma dieta balanceada contribui para que os sintomas da menopausa sejam atenuados