Entenda definitivamente as diferenças entre diabetes do tipo e 1 e 2

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de agosto de 2018 às 17:18
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:55
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Doença exige acompanhamento médico regular e mudança de hábitos, inclusive alimentares

Uma pesquisa recentemente
divulgada pelo Datafolha aponta que o brasileiro sabe pouco sobre diabetes. A
doença, que tem vários tipos, é crônica e pode ter consequências graves se não
tratada adequadamente.

A dra. Bárbara Dutra,
médica especialista em endocrinologia, esclarece que o grupo de doenças
denominado diabetes é um desarranjo metabólico que resulta no acúmulo de açúcar
no sangue.

De acordo com Sociedade
Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de pessoas no Brasil têm a doença. A
diabetes possui diversos tipos, os mais conhecidos são os tipos 1 e 2. No caso
do tipo 1, o pâncreas não produz insulina. Já no tipo 2 há resistência à
insulina como causa principal, afetando assim o processo de manutenção dos
níveis de glicose no sangue.

Dutra explica que além do medicamento
indicado pelo médico, manter uma alimentação saudável e mudar os hábitos de
vida são primordiais para prevenção e tratamento. “A prática de exercícios
físicos e uma dieta adequada, são essenciais para o tratamento. O mais
importante é seguir as orientações de um endocrinologista”, explica dra. Dutra.

Tipo 1

A diabetes do tipo 1 é também
conhecida como diabetes juvenil ou diabetes insulino-dependente. É autoimune,
isso significa que o sistema imunológico age contra as células produtoras de
insulina no pâncreas e o organismo não consegue produzi-la. Por isso o paciente
que tem diabetes tipo 1 necessita repor o hormônio para regular os níveis de
açúcar. A insulina é responsável pela manutenção dos níveis baixos do açúcar no
sangue.

Bárbara Dutra explica que a diabetes
do tipo 1 é uma doença genética e não existe forma de preveni-la e o tratamento
é essencial para a vida do paciente. “Monitorar os níveis de açúcar no sangue
diariamente, fazer uma dieta adequada e se exercitar para melhorar as condições
cardiovasculares e metabólicas, tudo isso contribui para o controle da doença e
qualidade de vida do paciente.”

Tipo 2

Diferentemente da diabetes tipo 1, na
diabete tipo 2, o pâncreas produz insulina, porém o organismo pode criar
resistência ao hormônio e não responder como deveria a sua ação.

O tratamento da diabetes tipo 2
também é feito com medicamentos. Porém, a dra. Dutra explica que a doença pode
ser gerenciada com dieta e exercícios, que contribuem para manter um peso
adequado e manutenção dos níveis de glicose no sangue.

Consequências

Se não tratada adequadamente, a
diabetes pode prejudicar diferentes partes do corpo ou até levar a óbito. O
paciente com a doença necessita acompanhamento médico periódico e deve seguir à
risca todas as recomendações, esclarece dra. Dutra.

Entre as partes afetadas estão os
pés, que podem ficar mais ressecados, ocasionando rachaduras e feridas, que
muitas vezes não são percebidas pelo paciente, pois há diminuição na
sensibilidade. A ferida pode infeccionar e se não tratada pode até levar a
amputações. Por isso, recomenda-se ao paciente diabético a utilização de cremes
hidratantes adequados, uso de calçados confortáveis e inspeção rigorosa dos
pés.

A visão também pode ser afetada e o
paciente que segue o tratamento pode até ficar cego. Outro órgão que pode ser
comprometido são os rins e o paciente pode desenvolver insuficiência renal se
nada for feito.

Os níveis elevados de açúcar no
sangue podem prejudicar ainda a circulação sanguínea nos pés e mãos,
ocasionando dores nas articulações. Há também risco aumentado infarto agudo do
miocárdio e acidente vascular cerebral consequentes a elevação da pressão
arterial e doença aterosclerótica.


+ Saúde