Endividamento das famílias brasileiras atinge maior patamar desde 2015

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de abril de 2019 às 14:22
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:29
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O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso aumentou

O percentual de famílias brasileiras com dívidas (em
atraso ou não) chegou a 62,4% em março deste ano. O índice é superior aos 61,5%
de fevereiro deste ano e aos 61,2% de março do ano passado.

Esse também é o maior patamar de endividamento das
famílias desde setembro de 2015, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e
Inadimplência do Consumidor divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Já as famílias inadimplentes, ou seja, aquelas que têm dívidas
ou contas em atraso, ficou em 23,4% em março deste ano, acima dos 23,1% do mês
anterior. Na comparação com março do ano passado (25,2%), no entanto, o
indicador teve uma queda de 1,8 ponto percentual.

O percentual de famílias que declararam não ter
condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso aumentou de 9,2% em
fevereiro para 9,4% em março deste ano. No entanto, continuou abaixo do patamar de março do ano passado (10%).

Segundo a economista da CNC Marianne Hanson, além da recuperação
gradual das concessões de crédito e do consumo das famílias, há um fator
sazonal que influi nos resultados: a incidência dos gastos extras de início de
ano, ocasionando uma demanda maior por empréstimos.

O cartão de crédito foi apontado como o principal motivo das
dívidas por 78% das famílias endividadas, seguido por carnês, para 14,4%, e, em
terceiro, por financiamento de carro, para 10%.


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