Endividada, Livraria Cultura entra com pedido de recuperação judicial

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de outubro de 2018 às 11:41
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:06
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A livraria não informa o montante da dívida, mas vem sofrendo com a redução de 40% do mercado há 4 anos

A Livraria Cultura,
uma das mais tradicionais do mercado, anunciou que entrou com pedido de
recuperação judicial. A empresa vem sofrendo nos últimos anos com a crise que
abateu o mercado editorial brasileiro, que encolheu 40% desde 2014.

Em
nota, a empresa se manifestou sobre sua condição financeira atual: “com essa
medida visamos normalizar, em curto espaço de tempo, compromissos firmados com
nossos fornecedores, preservando a saúde da empresa criada por Eva Herz em
1947, a manutenção de empregos e gerando mais estímulo para crescer”, informa.

O
cenário de crise, segundo a empresa, fez com que a livraria “passasse a
enfrentar dificuldades”. “Infelizmente, após quatro anos de recessão, o cenário
geral no país não apresenta sinais claros de melhoria.”

Na
mesma nota, a Livraria Cultura informa que iniciou há três meses um “duro
programa de ajustes”, que inclui fechamento de lojas, demissão de funcionários
e redução de custos.

A
livraria não informa o montante da dívida, mas há relatos de atrasos no
pagamento das verbas rescisórias dos funcionários demitidos da Fnac, rede
comprada pela Cultura no ano passado. Hoje, a rede conta apenas com 15 lojas
físicas. Todas as unidades da Fnac foram fechadas.

Em
nota, a empresa informa que já é hoje uma empresa mais eficiente para enfrentar
os desafios do varejo na era do e-commerce. “Queremos atuar de forma agressiva
nos canais digitais e, ao mesmo tempo, iremos manter poucas, mas ótimas lojas
físicas pelo país.”

O
plano da empresa é contar com lojas que ofereçam mais que produtos e serviços.
“Que vendem experiências que transformam a vida do cliente. Estamos confiantes:
acreditamos que a Livraria Cultura deu a largada para os próximos 70 anos.”


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