Caso foi reprimido pela Guarda Civil que também flagrou extorsão
Um empresário e um engenheiro agrônomo de Batatais foram acusados de danificar uma placa de sinalização de trânsito.
Em outro episódio, um desocupado apontado como autor do furto de um celular, exigiu o pagamento de uma “caixinha” para devolver o aparelho.
Os dois episódios foram reprimidos pela Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarujá, entre quinta-feira (15) da semana passada e a última terça-feira (20), quando a Cidade recebeu milhares de turistas devido aos feriados da Proclamação da República e do Dia da Consciência Negra.
O caso envolvendo o empresário Gustavo Guicardi Valenciano, de 41 anos, e o engenheiro agrônomo Francisco William dos Santos Zera, de 27, ocorreu na orla da Praia das Pitangueiras.
Turistas de Batatais (SP), os homens atraíram a atenção de integrantes da GCM porque estavam ouvindo som alto, gerando a reclamação de outras pessoas.
Inicialmente, os guardas orientaram os turistas, que diminuíram o volume do som. Porém, só foi os guardas se afastarem para ele ser aumentado, motivando o retorno dos agentes públicos e a apreensão da aparelhagem.
O principal capítulo da ocorrência, no entanto, ainda estava por acontecer.
Momentos após os guardas se retirarem pela segunda vez, surgiu a informação de que o engenheiro agrônomo e o empresário estavam retirando uma placa de trânsito de um poste.
Populares utilizaram celulares para fotografar e filmar o ato de vandalismo.
Surpreendidos em flagrante pelos guardas, Gustavo e Francisco foram conduzidos presos à Delegacia de Guarujá.
O delegado Josias Teixeira de Souza autuou os turistas em flagrante pelo crime de dano qualificado.
Um advogado de Batatais compareceu à repartição e pagou fiança de R$ 2 mil fixada para cada acusado.
Ao arbitrar o valor da fiança, Souza considerou a condição econômica dos turistas e o “total desrespeito com o patrimônio público”.
A placa danificada foi apreendida pelos guardas e a Prefeitura providenciou a sua substituição.
Extorsão
Acusado de exigir uma “caixinha” para devolver o celular furtado de uma jovem de 28 anos, Sidnei Aparecido da Silva, de 39 anos, foi preso por guardas municipais na orla da Praia da Enseada.
O local da prisão foi o lugar combinado para o pagamento. Porém, antes que entregasse qualquer dinheiro ao acusado, a vítima acionou a equipe da GCM, afirmando que se sentiu ameaçada.
O delegado Wagner Camargo Gouveia autuou Sidnei em flagrante por extorsão. O crime é inafiançável e punível com reclusão de quatro a dez anos.
O acusado negou o delito, alegando que “achou” o aparelho e só pretendia devolvê-lo à sua legítima proprietária.
Porém, a história da dona do celular é bem diferente. Ela disse que conversava com um amigo na mureta da Praia das Astúrias, quando Sidnei se aproximou, “puxou uma conversa” e logo foi embora.
O celular estava ao lado da jovem. Momentos depois, ela sentiu a falta do aparelho. Após telefonar para o próprio número, a vítima foi atendida.
O interlocutor exigiu a “caixinha” como condição para a restituição do objeto. A mulher constatou depois que o homem com quem conversou se tratava de Sidnei.