Embrapa cria sistema em ferramenta para análise da qualidade do café

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de novembro de 2018 às 09:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:09
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Sistema analisa a qualidade do café através do pó, antes do preparo, o CoffeeClass

Durante a Semana Internacional do Café, a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) assinou um contrato de cooperação com a Embrapa Instrumentação de São Carlos (SP) para ajudar no desempenho do sistema de inteligência artificial, desenvolvido pela Embrapa, que analisa a qualidade do café através do pó, antes do preparo, batizado de CoffeeClass.

O programa de computador tem como intuito analisar e reconhecer a qualidade do produto a partir do café que foi torrado e moído. Um microscópio foi adaptado a uma base escura, que elimina a entrada de luz externa. Ele amplia a imagem do pó e analisa a composição química e física do café, reconhecendo se ele é ou não um café de qualidade.

O sistema faz aquisição de imagens digitais e reconhece a qualidade da bebida, por tanto não é necessário preparar a bebida para avaliar a qualidade global do café.

O analista da Embrapa, Ednaldo José Ferreira, coordenou o projeto que recebeu o apoio de um consórcio que reúne 50 instituições ligadas à pesquisa, sendo a maior parte universidades. Foram quatro anos ensinando o programa de computador a diferenciar amostras de diferentes cafés.

Em entrevista ao portal de notícias G1, José afirma que a ideia é melhorar a qualidade do software e a inteligência artificial embutida nele, usando um novo conjunto de amostras que será enviado pela ABIC. “Esse conjunto deve representar o mapa de produtividade do café no Brasil”, contou.

As pesquisas apontam que o sistema pode ser útil em toda a cadeia produtiva do café. O produtor poderá saber se o que ele está colhendo é café gourmet. O setor de prova e classificação contará com uma ferramenta a mais de trabalho e o consumidor terá a certeza de consumir um café especial.

Por enquanto, a ferramenta inteligente é um protótipo, mas a Embrapa acredita no elevado potencial para provocar inovação na cadeia de valor do café. A ideia é que no futuro, o sistema seja utilizado por produtores no próprio campo e até por consumidores nos supermercados.

(* Com informações do G! São Carlos/Araraquara)


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