Em tempos de vazamentos, redobre os cuidados com seus dados

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de abril de 2018 às 17:39
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:40
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Delete contas de e-mail que estão inativas e não baixe aplicativos que estão dentro das redes sociais

Será que o escândalo do
vazamento de dados de mais de 87 milhões de usuários do Facebook acabou
com a diversão na internet e nas redes sociais? Claro que não e, se não quiser
aderir ao movimento para abandonar a plataforma de Mark Zuckerberg, o que você
deve fazer é redobrar o cuidado. Em primeiro lugar, poderá baixar suas
informações armazenadas no Facebook e checar que medidas de segurança
estão em vigor para que terceiros não façam download dos dados. Aproveite e
repita o mesmo processo na sua conta do Google – inclua Gmail, Google
Maps, YouTube. A lista de arquivos contendo seu rastro digital pode ser grande,
mas é a chance de deletar o que acha que não deve ficar à disposição de
terceiros.

O jornal “The Guardian” chegou a chamar atenção para gadgets
inteligentes e conectados que acumulam informações dos usuários. São objetos
como torradeiras que personalizam sua torrada e acionam seu telefone quando
estão prontas; ou garfos com conexão bluetooth que vibram se você estiver
comendo muito rápido – além de caros, são dispensáveis e geram dados sobre a
pessoa para as empresas por trás dos aplicativos.

Há mais providências a serem tomadas, como deletar contas de e-mail que
estão inativas, mas com seu cadastro completo. Fuja do risco desnecessário de
baixar aplicativos que estão dentro de redes sociais: aqueles que pedem acesso
à sua localização ou à sua galeria de fotos. Ou de entrar em brincadeiras
aparentemente inocentes, do tipo: “com que atriz de Hollywood você se parece?”.
Sobre as senhas, sempre é bom repetir: nunca use datas óbvias, como a do seu
nascimento. O mais seguro é optar por letras, números e caracteres combinados
(como P@uloX78@) ou usar frases inteiras, mais difíceis de serem descobertas.
“É uma boa oportunidade para fazer uma revisão completa nas permissões
dadas aos aplicativos usados nos smartphones”, alerta a jornalista
Cristina De Luca, editora de publicações especializadas há mais de 30 anos.
“Como não é muito simples, convém pedir ajuda de pessoas próximas que
dominem as tecnologias digitais”.

O uso de smartphones e da internet pode se tornar um vício em qualquer
idade, mas há maneiras de se precaver: quando o vídeo que escolheu acabar, não
espere passivamente pelo próximo e o seguinte… Seja mais seletivo em relação
a notificações, eliminando alertas para joguinhos ou notícias bizarras (e
muitas vezes falsas). Se sentir que não consegue se afastar das redes sociais,
crie um dia na semana para “detox” e fique longe da tentação.


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