Em queda: Brasil perdeu 7,2 milhões de linhas de celular no ano passado

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 19:52
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:22
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Barateamento no custo das tarifas de interconexão fez consumidores não precisarem ter chips diferentes

O número de linhas
de telefone celular teve uma queda de 7,2 milhões no ano passado. Os dados
foram divulgados nesta sexta-feira, 08 de fevereiro, pela Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel).

O país fechou 2018
com 229 milhões de dispositivos móveis, 3% a menos do que em 2017, quando havia
236,4 milhões de acessos móveis no país.

As estatísticas da Anatel levam em conta as linhas, também
conhecidas popularmente como chips,
e não os aparelhos. Assim, é possível haver menos celulares do que acessos, uma
vez que usuários podem ativar mais de um chip por smartphone.

No recorte entre pré e pós-pago, a primeira modalidade perdeu
espaço. Entre 2017 e 2018 o número de acessos contratados previamente caiu de
148,5 milhões (62,8%) para 129,5 milhões (56,5%). Já os pós-pagos subiram, no
mesmo período, de 87,9 milhões (37,2%) para 99,6 milhões (43,5%).

Em 2015, os acessos pré-pagos ultrapassavam o índice de 70% da
base móvel. Desde então, essa proporção vem caindo em favor dos contratos
pós-pagos, que já passaram dos 40%.

Um dos fatores para essa tendência, segundo a Anatel, foi a
redução das tarifas de interconexão (o custo que uma operadora paga para
completar uma chamada com um aparelho de outra empresa). Com o barateamento das
ligações para companhias distintas, a demanda para manter chips de diferentes firmas diminuiu, refletindo no
número geral.

Mercado

Na participação de mercado, a Vivo terminou como líder, com 73,1
milhões de acessos (32% da base). Em segundo lugar, veio a Claro, com 56,4
milhões de clientes neste serviço (24,61% do mercado). A Tim fechou o ano com
55,9 milhões de linhas ativas (24,39% do total) e a Oi, com 37,7 milhões de
acessos (16,44% de participação).

Já na distribuição por tecnologia, a prevalência foi do 4G, que
hoje já é a base técnica de 56,6% dos acessos, cerca de 129 milhões. Somente em
2018, foram contratadas 27,6 milhões de novas linhas nesta modalidade. O 3G,
com capacidade e velocidade menores, ainda é popular no país, sendo o padrão em
23,8% das linhas, o equivalente a 54,7 milhões. Do total, quase 20 milhões de
acessos móveis são de conexões entre máquinas, e não entre pessoas.


+ Serviços