Em meio a diversas pré-candidaturas, Graciela e Engler são destaques

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de maio de 2018 às 09:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:44
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Kaká surge como terceira força, buscando votos de tucanos em Franca e na região

​Muita gente já colocou o nome como pré-candidato a deputado estadual para as eleições de outubro deste ano. Porém, poucos se destacam como tendo chance de eleições ou de, pelo menos, fazer um bom papel nas urnas.

A maioria busca simplesmente alguma notoriedade para, posteriormente, daqui a dois anos, entrar na disputa para vereador com uma visibilidade maior e ter alguma chance de eleição.

Dentre os nomes, Roberto Engler (PSB) e Delegada Graciela (PP) são os que surgem com maiores chances de serem eleitos. O primeiro, que cumpre o seu sétimo mandato na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, aposta principalmente nos votos da região para obter sucesso.

No último pleito, há quatro anos, Engler se elegeu com sua mais expressiva votação: 122 mil votos, sendo 48 mil em Franca e outros 74 mil fora do município. Para esta eleição, mesmo que o deputado perca votos dos tucanos, por ter trocado o PSDB pelo PSB, suas chances de êxito são reais e muito grandes. Sem contar a estrutura de campanha e financeira de Engler.

Delegada Graciela tem, no entender de analistas políticos, sua melhor chance de eleição em outubro. Além do bom histórico de votações para deputada federal e prefeita, desde 2010, sua filiação no PR foi estratégica. 

O partido formou uma chapa equilibrada, com poucos puxadores de votos, mas com diversos candidatos de votação considerada média – na casa dos 50 mil votos. André do Prado deve ser o “cabeça” do partido, com expectativa de votação na faixa de 150 mil votos. 

A projeção é que Graciela atinja entre 60 mil e 90 mil votos, o que pode lhe garantir até a segunda cadeira da bancada do PR. Mas ainda há a possibilidade de Tirulipa, filho do deputado federal e comediante Tiririca, sair candidato, o que poderia melhorar ainda mais o desempenho do PR.

O capital eleitoral de Graciela é favorável. Em 2010, ela obteve 62 mil votos para deputada federal, ficando na primeira suplência, então pelo PP; dois anos depois, no segundo turno para prefeita, foram 75 mil votos e, em 2014, outros 59 mil, novamente para federal. Em 2016, optou por não disputar novamente a prefeitura.

E Kaká?

Como terceira força na eleição para deputado estadual, surge o vereador Kaká, mais votado nas últimas eleições para a Câmara. Ele obteve mais de seis mil votos e ganhou destaque no Legislativo por ter uma posição equilibrada, mas combativa em relação ao duvidoso governo de Gilson de Souza (DEM).

Kaká tem alguns pontos fortes a seu favor, como o envolvimento histórico com o grupo Tenda, da Igreja Católica, do qual fazem parte cerca de mil casais. Tem ainda o apoio de grupos empresariais relevantes de Franca e um trabalho conhecido de palestrante e incentivador do tratamento a dependentes químicos em Franca e região.

Terá como trunfo ainda o apoio de Sidnei Rocha, a dobrada com Adermis Marini, que ajudará na estrutura da campanha e votos dos tucanos descontentes com a mudança de partido de Roberto Engler. Com baixa rejeição e de fácil trato, Kaká tem contra si tem a alta projeção de votos para se eleger pelo PSDB.


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